sábado, 15 de dezembro de 2007

"Por uma vida sem violência" III

Estavam na platéia, a ministra Nilcéa Freire, da SPM, o presidente da BR Petrobras Distribuidora, José Eduardo Dutra, o Chefe de Comunicação Institucional e Responsabilidade Social da Petrobras, Wilson Santa Rosa, a diretora do UNIFEM, Ana Falú, a secretária de Ação Social e Direitos Humanos, Benedita da Silva, a diretora-executiva da Agende, Marlene Libardoni, a relatora da Lei Maria da Penha, Jandira Fhegalli, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Mariano Beltrame, o procurador-geral do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Leonardo Bandarra, o promotor de Justiça do Distrito Federal, Fausto de Lima, as três conselheiras de notório conhecimento das questões de gênero, o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, Rose Marie Muraro, Clara Charf e Albertina de Oliveira Costa, além de representantes dos movimentos de mulheres, coordenações de conselhos da mulher, do Poder Judiciário, autoridades e mulheres que sofreram violência e participaram da cartilha com depoimentos, entre tantas presenças significativas para a questão de gênero no Brasil.

Um comentário:

  1. Fui vítima de violência psicológica, ameaças, e torturas durante 8 anos. Nunca consegui nenhum tipo de apoio, seja policial ou social. Graças a Deus sempre trabalhei e sou independente. Criei meus 2 filhos sozinha. Por medo e vergonha omite de parentes e amigos minha vida de terror. Não sofri violência física porque tenho um temperamento muito forte e enfrentava.. A cada ameaça, seria cômico se não fosse trágico, eu conseguia revidar... (Ainda vou escrever este livro). Hoje com meu filho mais velho (24 anos) crescido, consegui apoio através de amigos policiais, advogados. Na última tentativa de me matar meu ex companheiro (estamos separados há 2 anos) foi pego em flagrante, com a ajuda destes "anjos", porque a PM nem sequer se abalou a meu pedido. Está preso por força da Lei Maria da Penha, porém a fiança permitida por Lei, Lei???? É ridícula.. Consegui entretanto através de meus amigos anjos entrar com uma representação no Forum, e isso o mantém preso. Mas ele já me avisou, quando sair me MATA. Como diz Ana Bruni, o medo, a insegurança são meus companheiros diários. Já deixei bons empregos, casas, sempre em fuga, como uma refugiada de mim mesma.. Até quando??? Medidas protetivas? Sei.. jogo o papel no psicopáta quando ele vier?? Qual a força que posso me apegar a não ser a de Deus??? Deixei de lado a vergonha e o medo e deixo aqui meu grito, meu pedido de socorro, meu protesto... Até quando??? Vou ter que sair do apartamento que comprei (sozinha), até quando viverei nesta fuga alucinada e sem razão? Até quando estarei em tratamento para uma depressão que tem causa e motivo? Até quando pessoas irão me criticar pela escolha infeliz? Mas eles vêm como cordeiros MULHERES, não mostram as garras até que vc esteja completamente dominada, imobilizada pela proteção psicológica e física que têm que proporcionar aos filhos... E como Ana Bruni eu pergunto: "E como é possível?" Continuo aqui, hoje o medo me deu forças pra gritar.. um bicho acuado, ferido e feroz...

    Vamos nos unir mulheres de BH, Minas e Brasil...

    Vamos cobrar das autoridades o que é nosso por direito na Constituição.

    Nos últimos 2 meses 5 pessoas foram assassinadas por homens rejeitados.

    Jovens com sonhos arrancados, filhos órfãos, mães em choque.

    Meu nome é Sheila Ribeiro, e nada mais vai me fazer ter vergonha de lutar, por mim e por quem precisar....

    DENUNCIEM.. na primeira ameaça, na primeira tentativa, e não se iludam, nada a não ser vc mesma, poderá detê-lo...

    Ame-se, perdoe-se, e vá a luta..

    Um abraço afetuoso a todas.

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