quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Em São Paulo, relatos de violência contra a mulher crescem mais de 22% em 2008


Relatos de violência contra a mulher crescem mais de 22% em 2008
Do UOL Notícias

Em São Paulo, a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM) registrou aumento de 22,3% nos relatos de violência recebidos pela Central de Atendimento à Mulher em 2008 em relação ao ano anterior. Foram 24.523 chamados em 2008 e 20.050 em 2007. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira (12).

Relatos de violência
      Ameaça 26,5%
      Assédio moral (trabalho) 0,1%
      Assédio sexual (trabalho) 0,1%
      Atentado violento ao pudor 0,4%
      Calúnia 0,9%
      Cárcere privado 0,7%
      Difamação 5,9%
      Estupro 1,2%
      Exploração sexual 0,2%
      Homicídio 0,1%
      Injúria 1,9%
      Lesão corporal grave 3,2%
      Lesão corporal gravíssima 0,5%
      Lesão corporal leve 52,5%
      Neglicência 0,1%
      Perseguições 3,0%
      Tentativa de homicídio 1,1%
      Violência patrimonial 1,9%


A central de atendimento registrou quase 270 mil atendimentos (que engloba
informações, relatos de violência, reclamação, entre outros) entre janeiro
e dezembro de 2008 - um aumento de 32% em relação a 2007.
Destes, mais de 117 mil eram solicitações de informação sobre a Lei Maria da Penha, aplicada em casos de violência à mulher. O número representa um crescimento de 245% em  relação ao ano anterior.

Segundo a SEPM, diversos fatores contribuíram para o crescimento, entre eles
a maior divulgação da lei e a capacitação das atendentes da central de
atendimento.

Entre os relatos de violência, 52,5% foram registrados como lesão corporal
leve, 26,5% como ameaça e 5,9% como difamação. Estupro corresponde a 1,2% e
violência patrimonial a 1,9%. Quase todas as agressões foram identificadas
como violência doméstica (94,1%).

Em mais da metade dos casos, o autor da agressão era o cônjuge da
denunciante (63,2%). Os amigos representam 3,5% dos autores, e o pai, 0,8%.
Em 64,9% das ligações, o serviço constatou que as agressões eram feitas
diariamente.

Perfil
O balanço também mostra o perfil da mulher que ligou para o 180: negra
(39,2%), tem entre 20 e 40 anos (53,2%), é casada (24,8%) e cursou parte ou
todo o ensino fundamental (33,3%).

O campeão de ligações foi o Distrito Federal, com 351,9 atendimentos para
cada 50 mil mulheres. Em segundo lugar está São Paulo (220,8) e, em
terceiro, aparece o Estado de Goiás (162,8).

O serviço da SEPM (ligue 180) funciona 24 horas, todos os dias da semana,
inclusive finais de semana e feriados. A central de atendimento foi
implantada em novembro de 2005.








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