Lindemberg Alves Fernandes, de 25 anos, chegou ao Fórum de Santo André, no Grande ABC, por volta das 8h15 desta segunda-feira (13), onde será julgado pela morte da ex-namorada, Eloá Cristina Pimentel, de 15 anos, em outubro 2008.
Lindemberg deixou o presídio de Tremembé, por volta das 6h15, escoltado por duas viaturas da Polícia Militar. Dezenove testemunhas serão ouvidas, 5 de acusação e 14 de defesa -, e sete jurados decidirão se o réu é ou não culpado por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado, disparo de arma de fogo e cárcere privado.
O Ministério Público de São Paulo vai pedir a condenação do réu a 52 anos de prisão por ter certeza de que a bala que matou Eloá partiu da arma que o rapaz usava. O julgamento, que acontece no Fórum de Santo André, deve durar no mínimo três dias.
Relembre o caso
Inconformado com o fim do relacionamento com Eloá, de 15 anos, Lindemberg, que à época tinha 22, invadiu armado o apartamento em que a garota morava com os pais. O cárcere privado durou mais de cem horas. Nesse período, outros três amigos de Eloá foram mantidos como reféns. No dia 18 de outubro, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da PM invadiu o local. Lindemberg atirou na ex-namorada e em uma das amigas dela, Nayara Rodrigues. Eloá morreu a caminho do hospital. Nayara foi atingida, mas sobreviveu.
Segundo a promotora Daniela Hashimoto, Lindemberg tinha a intenção de matar Eloá desde o início:
- Houve essa explosão da porta, os policiais não conseguiram ingressar imediatamente e ele teve tempo para tentar se refugiar e aí, ainda assim, podendo se render, atirou nas meninas.
Além do homicídio e da tentativa de matar Nayara e um policial militar que tentava negociar a rendição, Lindemberg também responde pelo crime de cárcere privado e disparos de arma de fogo. O réu está preso preventivamente na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.
O júri de Lindemberg estava marcado para ocorrer em fevereiro do ano passado, mas uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em novembro de 2010, anulou a fase de instrução e o processo teve que voltar à fase inicial. O juri vai contar com 19 testemunhas - sendo 14 da defesa e cinco da acusação.
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