terça-feira, 16 de outubro de 2012

Serra diz que cartilha anti-homofobia do MEC estimula bissexualismo .


 SÃO PAULO - O candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo, José Serra, disse que a cartilha anti-homofobia que o Ministério da Educação elaborou para ser distribuída nas escolas "estimula a prática do bissexualismo". O tucano acusou o seu adversário no segundo turno, Fernando Haddad (PT) de "torrar" R$ 800 mil com a produção do kit, cuja distribuição foi suspensa pela presidente Dilma Rousseff.
Serra defendeu cartilha anti-homofobia distribuída pelo governo de São Paulo em 2009 que teria conteúdo semelhante à do governo federal, afirmando que a do governo paulista foi bem feita e combatia diversos tipos de intolerância, como a religiosa e contra deficientes físicos. De acordo com ele, as duas cartilhas são completamente diferentes.
- A cartilha do MEC estimula a prática do bissexualismo. Ela diz, no filme, que o jovem que tiver preferência por mulher e por homem aumenta em 50% a chance de ter companhia no fim de semana. Tem um erro matemático, e é incrível que o Ministério da Educação cometa erro dessa natureza, porque na verdade aumenta 100%. Ela não é cartilha contra o preconceito. Ela induz um certo tipo de comportamento sexual e fala "é mais vantajoso você ter duas opções sexuais". É o cúmulo - disse.
Para Serra, os gastos do governo federal com o kit anti-homofobia, que foi suspenso, mostram que Haddad não é um bom administrador público.
- O Haddad fez isso gastando R$ 800 mil. A presidente Dilma vetou a cartilha com argumento semelhante ao que estou dando aqui. Antes de fazer um filme, tudo é verificado. O TCU está cobrando. O Haddad torrou dinheiro por incompetência. O problema é que ele é fraco como administrador. Perdeu dinheiro e levou um pito da Dilma - disse Serra.
De acordo com Serra, as cartilhas do estado começaram a ser feitas em 1996 e passam por revisão periódica.
- É uma cartilha bem feita. Inclusive tem reparos do pessoal da área evangélica, que foram apresentados - disse.
Serra afirmou que o filme "Boneca na Mochila", que mostra uma mãe chamada à escola após uma boneca ser encontrada dentro da mochila de seu filho, teve o uso recomendado para uso pelos professores em São Paulo, mas não chegou a ser utilizado. Ao responder pergunta do colunista Kennedy Alencar sobre o assunto, ele acusou o jornalista de não ter lido o material produzido pelo governo de São Paulo. Os dois bateram boca durante a entrevista ao vivo.
José Serra disse que não está disposto a assinar outro documento comprometendo-se a não deixar a prefeitura antes do fim do mandato caso eleito. O tucano disse que o fato de ter assinado documento com essa promessa em 2004 "virou palhaçada" e que agora basta a sua palavra.
Ele também afirmou que perdeu a confiança nos institutos de pesquisa, pois eles "erram espetacularmente". Referindo-se ao Ibope e ao Datafolha, Serra disse que as pesquisas desses institutos são "furadas" por questões metodológicas.

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