segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Nota de José Dirceu, 12/11 - Injusta Sentença


De: Assessoria de José Dirceu 
Para: Vera Mattos - Jornalista/Radialista/Df  
Enviadas: Segunda-feira, 12 de Novembro de 2012 21:22
Assunto: Nota de José Dirceu, 12/11 - Injusta Sentença

INJUSTA SENTENÇA

Dediquei minha vida ao Brasil, a luta pela democracia e ao PT. Na ditadura, quando nos opusemos colocando em risco a própria vida, fui preso e condenado. Banido do país, tive minha nacionalidade cassada, mas continuei lutando e voltei ao país clandestinamente para manter nossa luta. Reconquistada a democracia, nunca fui investigado ou processado. Entrei e saí do governo sem patrimônio. Nunca pratiquei nenhum ato ilícito ou ilegal como dirigente do PT, parlamentar ou ministro de Estado. Fui cassado pela Câmara dos Deputado e, agora, condenado pelo Supremo Tribunal Federal sem provas porque sou inocente.
A pena de 10 anos e 10 meses que a suprema corte me impôs só agrava a infâmia e a ignomínia de todo esse processo, que recorreu a recursos jurídicos que violam abertamente nossa Constituição e o Estado Democrático de Direito, como a teoria do domínio do fato, a condenação sem ato de ofício, o desprezo à presunção de inocência e o abandono de jurisprudência que beneficia os réus.
Um julgamento realizado sob a pressão da mídia e marcado para coincidir com o período eleitoral na vã esperança de derrotar o PT e seus candidatos. Um julgamento que ainda não acabou. Não só porque temos o direito aos recursos previstos na legislação, mas também porque temos o direito sagrado de provar nossa inocência.
Não me calarei e não me conformo com a injusta sentença que me foi imposta. Vou lutar mesmo cumprindo pena. Devo isso a todos os que acreditaram e ao meu lado lutaram nos últimos 45 anos, me apoiaram e foram solidários nesses últimos duros anos na certeza de minha inocência e na comunhão dos mesmos ideais e sonhos.
José Dirceu


Um comentário:

  1. Nessa inútil tentativa de desacreditar a mais alta corte deste país, o senhor Dirceu comete um erro crasso só comparável a seu desespero, quando diz que: "...mas também porque temos o direito sagrado de provar nossa inocência."

    A esta altura do campeonato este senhor deveria saber que não existe o termo jurídico: "PROVAR INOCÊNCIA", pois é dever de quem acusa provar a culpa.

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