domingo, 20 de abril de 2014

A atitude do Ministério Público Federal estabelece a esperança. A coação não pode ser instrumento de greve.

Quando o Jornal Nacional em sua edição de ontem revelou que na noite de sexta feira ocorreram 16 homicídios em Salvador , por conta da greve da Polícia Militar , e que este número era superior aos 6 homicídios /dia considerados normais fiquei absolutamente chocada. A cultura da violência, a banalização da morte, a frieza diante dos dados, desencadeia vários sentimentos. Estamos dentro das piores estatísticas quando se refere a violência. Nos acostumamos a ver e ouvir relatos sobre a criminalidade mas somente quando acontece com alguém próximo somos motivados a uma reação. Entre os homicídios, a maior faixa etária das vítimas está entre 15 e 25 anos. Maioria do sexo masculino. Já escrevi muito sobre o tema assim como continuo discutindo em Fóruns especializados. Sou uma das representantes brasileiras junto a ONU. No encontro mundial em 2010 tratei muito da violência contra a mulher e sobre o avanço da pedofilia no Brasil. Mas, a politica do terror, , conforme intitulada pelo Ministério Público Federal é algo real.A segurança pública é dever do Estado e disto não abrimos mão. Quando vivemos em uma sociedade tão violenta temos toda uma sorte de consequências. O nosso corpo sofre profundamente com diversos problemas de ordem física e emocional. Como não reagir ao vermos um estudante ser assassinado em frente a uma residência universitária?Como não reagir ao vermos uma professora assassinada em Itapoan ? Como não reagir ao sabermos que jovens são executados diariamente nas áreas críticas da cidade ? Não quero esta indiferença em minha vida. Não quero amigos indiferentes. Temos sim que exigir do Estado e do Governo atitudes concretas. A atitude do Ministério Público Federal estabelece a esperança. A coação não pode ser instrumento de greve. Tocar terror em uma população é crime. Como reflexão final, digo que Páscoa significa passagem, ressurreição. Que os episódios da Semana Santa 2014 ajudem a estabelecer uma nova era para a terra da minha filha. Vera Mattos

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