Um Concerto Desconcertante
Concerto da OSUFBA e do Grupo de Percussão da UFBA
Data: 27.07.2010, 20h
Local: Museu de Arte Sacra
Regentes: Piero Bastianelli (OSUFBA) e Jorge Sacramento (Grupo de Percussão da UFBA)
Entrada franca
A Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia consolida sua vocação para experimentar e ousar sobre novas criações musicais. Foi essa orquestra quem tocou primeiro as músicas do mestre suíço-baiano Ernst Widmer, do sertanejo-baiano Lindembergue Cardoso, de Jamary Oliveira, Fernando Cerqueira, e outros compositores da Bahia reconhecidos internacionalmente. A orquestra onde, a certa época tocavam violoncelo, lado a lado, o maestro Vivaldo da Conceição e o experimentador Walter Smetak.
Reafirmando sua identidade de criação e vanguarda, neste concerto a OSUFBA apresentará pela primeira vez ao público obras de compositores da atualidade baiana, tais como
Fred Dantas – nome ligado às bandas filarmônicas e à preservação da identidade musical da Bahia como um todo, sem nunca ter renunciado ao experimental e contemporâneo.
Cacau Celuque – compositor envolvido com a sínese sonora e outros processo eletrônicos.
Pedro Amorim Filho – Compositor e professor de música, com trabalhos reconhecidos na área de teatro.
Paulo Rios Filho – integrante da novíssima geração de compositores ligados ao doutorado da UFBA, com trabalhos premiados nacionalmente.
Marcos de Silva – outro dos "meninos de ouro" que formam a vanguarda da composição na universidade.
Sólon Mendes – Compositor de Santa Catarina que cursa o Doutorado na Bahia, aos reconhecida trajetória no sul do país.
Alexandre Espinheira – Compositor do sul que integra hoje a ponta do iceberg da Escola de Música da UFBA.
Paulo Costa Lima – Compositor, professor, intelectual, imortal da Academia de Letras da Bahia, considerado o maior responsável para que a composição de vanguarda esteja acontecendo desse modo.
Os trabalhos que esses compositores estrearão foram desenvolvidos a partir de estímulos gerados pelos Seminários de Composição do PPGMUS da UFBA (2010.1)
Na regência estará uma lenda viva da música contemporânea: Piero Bastianelli, considerado um dos maiores realizadores de música nova em todo o mundo, regente responsável por mais de 300 estréias de obras contemporâneas, e principal revisor da obra de Lindembergue Cardoso.
As composições apresentam um verdadeiro painel de soluções criativas:
A atenção concentrada em encontros/desencontros de timbres encontrada na música Zeitgeist (Cacau Celuque),
As experiências com desconstrução da forma e interação com os jogos na música Squizo Scherzo (Pedro Amorim) onde a orquestra será dividida em dois grupos, um de costas para o outro,
Contracanto e Tangado (Fred Dantas), é uma reflexão sobre duas técnicas de composição da tradição das filarmônicas, onde dois pequenos fragmentos são desenvolvidos e reinventados. Do mesmo autor temos O vendedor de caranguejos, uma curta reflexão musical sobre um pregão das ruas de Salvador.
O Quinto Símio (Sólon Mendes é música que une a preocupação sobre o destino do ser humano no espaço-tempo enquanto evoca os ritmos pampeiros como a habanera e o fandango.).
O Conto de Dimitri Travlus (Marcos de Silva) é uma construção pictórica sonora dedicada ao compositor e artista plástico Agnaldo Ribeiro.
Nessa noite, envolvido pela arquitetura barroca lindamente preservada do Museu de Arte Sacra da UFBA, no Convento de Santa Tereza, na Rua do Sodré, além das interpretações dedicadas e cuidadosas da OSUFBA, o público será brindado do Grupo de Percussão da UFBA.
A liderança de Jorge Sacramento vem revolucionando o ensino de percussão em nosso meio e expandindo o raio de ação da Universidade.
Organizador do recente Festival Dois de Julho de Percussão, Sacramento tem sido uma referência nacional sobre o ensino e expansão da percussão elaborada, inclusive tendo lançado um recente CD com obras de compositores baianos vivos, com músicas escritas exclusivamente para percussão.
Nessa parte da noite ouviremos que o mestre-compositor inspirador do presente concerto, no entanto, optou pela alegria baiana da Calcinha Stück (Paulo Costa Lima).
Ouviremos nos tambores e xilofontes a suavidade de Frágil (A. Espinheira) e a densidade percussiva e emotiva do encontro entre Soprano e percussão (Paulo Rios Filho).
Sem dúvida será um concerto de singular importância e audição preciosa..
Farão parte da orquestra, regida pelo maestro Piero Bastianelli, Fred Dantas, (trombone), Cláudia Salles (fagote),Tuzé de Abreu (flauta), Gustavo Seal (oboé), Magalhães (trompa), Jurcy Bemol (trompete), Gérson Barbosa (trombone), Érica Sá (percussão), Teodoro Salles, Mário, Angela Onnis, Fred Pessoa, Geraldo Guima (violinos), Wellington Gomes e Neiva Salu (violas), Sarquis e Juracy Cardoso (contrabaixo), Cristian e Cândida (violoncelo), entre outros.
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