PF descobre plano do PCC para matar juízes, promotores e filho de desembargador em AL
Plano foi resposta à transferências de chefes do tráfico de AL para Catanduvas
As ações de combate ao crime organizado desencadeadas pelo Judiciário e Ministério Público de Alagoas, em especial o tráfico de substâncias entorpecentes, despertaram a ira do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa paulista que tem ramificações em todo o país.
Prova disto é que o Serviço de Inteligência do Departamento Nacional do Sistema Penitenciário e a Polícia Federal descobriram um plano para matar promotores, juízes e até o filho de um desembargador em Alagoas.
Há pouco mais de dois meses, eles interceptaram ligações telefônicas de integrantes do PCC presos na Penitenciária Federal de Catanduvas (PR), planejando esses crimes. As informações só vazaram agora.
Dois juízes da 17ª Vara Criminal da Capital, privativa de combate ao crime organizado seriam alvo dos criminosos: Maurício César Brêda e Ana Raquel Gama. Já no Ministério Público Estadual, um membro do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) estariam na mira do PCC, o promotor Alfredo Gaspar de Mendonça Neto além do promotor da Vara de Execuções Penais, Cyro Blatter.
Já o quinto alvo do PCC, que se trata do filho de um desembargador, teve o nome mantido em sigilo. Desde que foi descoberto o intento dos criminosos, as autoridades receberam reforço na segurança particular.
O motivo da ira do PCC? A transferência de nove integrantes da facção criminosa da penitenciária Baldomero Cavalcanti, em Maceió, para Catanduvas (PR), em dezembro do ano passado. Acontece que os traficantes, mesmo presos, comandavam assassinatos e o tráfico de drogas em Alagoas, o que teriam motivado as transferências.
Foram transferidos para Catanduvas em dezembro último Anderson Reginaldo Martins, o "Químico"; José Eraldo da Silva, o "Paulo Gordo"; Rivaldo Manoel da Silva, o "Branco do Ouro"; Laelson da Silva, o "Baiano", Claudemir Miquelete; José Nadson de Santana Junior; Assis de Lima Bento; Givanildo Rosa de Souza; e Luiz Antônio de Souza Lima, o "Luizão".
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