Uma denúncia escrita à mão por uma moradora direcionada a esta Tribuna, como forma de desabafo e denunciando ações de traficantes no bairro de Nova Canaã, no Subúrbio Ferroviário, fez com que a equipe de reportagem fosse até o bairro para ver de perto todas as dificuldades enfrentadas pelos moradores.
A chegada ao bairro de Nova Canaã, que agrupa mais de 50 mil famílias, é de difícil acesso e só mesmo perguntando que os moradores do Subúrbio iam guiando a equipe de reportagem e os avisos eram para tomar cuidado e seguir com Deus. Logo as estradas asfaltadas emendavam com o chão batido e muitos buracos que dificultavam o trânsito de veículo, evidenciavam que já estávamos no bairro de Canaã. Moradores se escondiam, outros se limitavam em falar com a imprensa.
Num campo de futebol alguns homens mostravam os rostos em meio ao matagal. Na denúncia da moradora, esse mesmo campo serve de esconderijo dos traficantes, o que foi também afirmado por outros residentes do bairro. As pessoas abordadas nas ruas, tinham medo de falar sobre as ações dos traficantes.
Eles apenas ressaltaram que a criminalidade está por toda cidade e disseram que muitos bandidos buscam abrigo no bairro por ser localizado no alto, tem as vantagens de serem avisados a tempo quando a polícia está chegando e também pelos buracos na estrada ajudar a impedir que as viaturas circulem com velocidade.
Na carta, a pessoa que escreveu pede ajuda da imprensa, já que a polícia, segundo ela, não sabe de tudo que acontece em Nova Canaã. Os traficantes identificados como Fábio, Búia, Ginaldo, Bruno, Raul, Leandro, Jiló, Érica, Chica, Binho e Alex, recrutam crianças para servirem de “avião”, quem faz a entrega da droga e também para serem olheiro da quadrilha.
A denúncia também dizia que eles estão tomando as casas dos moradores de bem, para servirem de esconderijos do bando que tem proteção de pessoas ligadas à Marinha e ao Exército que são parentes dos membros dos traficantes e que também residem no bairro.
“Morar em Nova Canaã está sendo pior do que quem vive nos presídios. Quando a polícia entra aqui para investigar alguma situação, os “coligados” dos traficantes que servem a Marinha e ao Exército tomam a frente e dizem que não tem nenhuma denúncia e que tudo está sobre controle.
Controle esse, que está nas mãos deles. Chica e Érica são mensageiras dos presidiários que estão detidos na Lemos de Brito e sempre levam e trazem informações sobre o tráfico de drogas. Nós não aguentamos mais viver aqui. Por não ter outra saída, temos que conviver com esta triste realidade. São casas tomadas e sendo incendiadas por eles”, diziam trechos escritos na carta.
Na 5ª delegacia de Periperi, os investigadores desconheciam essas denúncias e reforçaram que a estrutura do bairro, sem asfalto e em péssimas condições de conservação, favorece os traficantes, uma vez que as viaturas têm dificuldade de fazer diligência no bairro e não poder percorrer por todas as ruas. Os nomes dos traficantes citados na carta, os agentes disseram desconhecer, mas salientaram que o local é propício para os trabalhos do tráfico. E afirmaram que iriam averiguar essas denúncias.
Moradora cega vive drama
Sem nenhum posto de saúde, policial, praça, quadra esportiva, as crianças vivem ociosas pelas ruas. As mães disseram que precisam sair cedo para trabalhar e que só chegam em casa à noite. Transporte coletivo não transita pelo bairro, nem mesmo as vans alternativas e carros que vendem botijões de gás.
Quando chove, a situação piora segundo os moradores, pois precisam usar botas para caminhar quase 1km para chegar até as ruas asfaltadas onde os ônibus passam. Quando alguém adoece a família precisa procurar algum meio para levar até o posto de saúde de outros bairros do Subúrbio, já que até a Samu tem dificuldade para entrar em Nova Canaã.
DRAMA - Nossa equipe de reportagem localizou uma idosa de 72 anos que perdeu a visão devido um problema de catarata e vive trancada num casebre por causa dos ladrões. Dona Maria de Lourdes de Jesus se locomove dentro de casa com dificuldade. Ela divide um cômodo com dois quartos em péssimas condições com o marido. As vizinhas sensibilizadas com a situação de Maria de Lourdes ajudam à mulher que não tem parentes que possam cuidá-la.
Por não enxergar, pessoas do bairro invadem a casa da anciã e roubam os objetos e até os poucos móveis da residência. Até pouco tempo, Lourdes nem documento tinha e ela disse não saber a idade certa. “Eu fiquei comovida com a situação dela e ajudo no que posso.
Também tenho o meu trabalho e não tenho condições de dedicar a cuidar dela o tempo todo. Lourdes fica sozinha durante o dia e para levá-la no médico é o maior trabalho. Pois não tenho carro e ônibus não sobe aqui”, contou a vizinha Solange.
Nesse caso, segundo a vizinha, é preciso entrar em contato com o Ministério Público que acompanha a idosa e o órgão solicita que uma ambulância do Samu vai até a casa da idosa e lava ao posto médico e hospital.
“É uma situação difícil que enfrentamos aqui. Não temos lazer e todos os moradores se recolhem às 18 horas, pois as ruas ficam escuras e é difícil transitar aqui tarde da noite. Nós precisamos de atenção dos poderes públicos. Tem pessoas que nem sabem que existe esse bairro em Salvador e que sofre tantas deficiências”, desabafou Solange, pedindo ajuda de quem puder para ajudar dona Lourdes com remédios e reformas da casa.
Silvana Blesa
EU ESTOU TRISTE POR QUE AQUI NA NOVA DIVNEA O TRAICO DE DROGAS CONTINUA OS TRAFICANTES VENDEM EM UM BECO DO PORTÃO AZUL EM FRENTE A UM PRÉDIO DA CASA DA ESPERANÇA E SÓ ANDAM ARMADOS COLOCANDO A VID DE MORADORES EM RISCO.
ResponderExcluiraqui no tancredo neves , na rua almir nascimnto , a populaçao pede socorro , pois o rafico tomou conta da rua.São cerca de 15 homens liderado pelo traficante Diulinho, que ja foi presomas a justiça logo solta.Eles ficam vendendo e fumando drogas em olena luz do dia, com armas em punho (pistola , 38 e metralhadora), os moradores que tem carro tem que abaixar os vidros pra els liberarar a passagem , quem vem na rua e for desconhecido eles enquadram.Agora eles possuem radio comunicador , fica um em cada pontada rua na guarita esperando a policia.
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