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domingo, 15 de maio de 2011

16 de maio de 2001:a invasão da Faculdade de Direito da UFBA por policiais militares.Os que comandaram estão a serviço do atual Governo.



Tropa de Choque - Outra situação curiosa é o fato de o comandante-geral da Polícia Militar do governo Wagner ser o coronel Alfredo Castro. Em 16 de maio de 2001, ele, que era major, executou a ação do Batalhão de Choque – do qual era comandante – na Ufba e é flagrado, no documentário “Choque”, de Kau Rocha, agredindo um estudante. Procurada por A TARDE, a PM enviou nota na qual explica que “o então major Alfredo Castro e sua tropa cumpriram as determinações do planejamento da ação policial.”





Os braços marcados por queimaduras e o tímpano estourado que lhe oferece apenas 20% de audição no ouvido esquerdo são lembranças de Henrique Baltazar do 16 de maio de 2001. Ele e pelo menos outras 18 pessoas ficaram feridas quando policiais militares, à revelia da lei, invadiram o prédio da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e agrediram estudantes e professores que protestavam pela cassação do então senador Antonio Carlos Magalhães.

O episódio, que completa 10 anos nesta segunda-feira, 16, virou símbolo da “erosão de poder” do carlismo na Bahia – expressão cunhada pelo cientista político, Paulo Fábio Dantas. O processo judicial resultou em uma multa de R$ 65,15 aplicada ao coronel Walter Leite, comandante da operação.

Segundo Paulo Fábio, ACM já estava perdendo espaço político no País desde o início do segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, mas, na Bahia, até então ele experimentava uma sensação de poder maior até que o poder efetivo que tinha. “Aquele momento foi quando até os simpatizantes de ACM tomaram conhecimento das denúncias contra ele”, disse.

Mas a queda do carlismo, selada antes mesmo da morte de ACM em 2007 e da eleição do petista Jaques Wagner ao governo do Estado em 2006, não significaram a inversão de uma polaridade vigente.

Ainda em 2001, as forças políticas na Bahia dividiam-se entre, de um lado, o grupo de Antonio Carlos – que exercia influência também em outras instituições, como o Judiciário e nos tribunais de contas – e, do outro, lideranças políticas “de esquerda”, capitaneadas pelo PT.

A geografia do poder no Estado se rearrumou de uma forma que hoje o vice-governador é Otto Alencar – o mesmo que, há dez anos, era vice-governador do também ex-carlista César Borges. “Cumpri meu ciclo no carlismo em 2004” disse, referindo-se à nomeação como conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, indicado por ACM. “Considero um erro de César Borges ter atendido ao senador ao dar a ordem de impedir o direito de ir e vir de estudantes em pleno regime democrático”. Por meio de sua secretária, Borges mandou dizer que não iria comentar a invasão.

Tropa de Choque - Outra situação curiosa é o fato de o comandante-geral da Polícia Militar do governo Wagner ser o coronel Alfredo Castro. Em 16 de maio de 2001, ele, que era major, executou a ação do Batalhão de Choque – do qual era comandante – na Ufba e é flagrado, no documentário “Choque”, de Kau Rocha, agredindo um estudante. Procurada por A TARDE, a PM enviou nota na qual explica que “o então major Alfredo Castro e sua tropa cumpriram as determinações do planejamento da ação policial.”

Apenas o policial que comandou a invasão à Ufba, coronel Walter Leite, foi condenado pela Justiça Federal – não pelas agressões, mas apenas por crime de menor poder ofensivo: cerceamento do poder de ir e vir. O valor da multa que foi obrigado a pagar ele nem lembra direito. “Acho que foi de R$ 500”, disse. A TARDE apurou que a multa foi de R$ 65,15, segundo o capitão Marcelo Pitta, chefe da comunicação social da PM.

Agenda - Os dez anos da invasão à Ufba serão lembrados durante todo o dia, amanhã, na Faculdade de Direito, com mesas-redondas, exposição de fotos e lançamento de livro. Para o cientista político e professor-doutor da Faculdade de Ciências Sociais da Ufba, Paulo Fábio Dantas, o episódio é exemplo prático da diferença de conceitos entre violência e poder. “Os atos violentos daquele dia não revelam a consolidação do poder, mas uma manifestação de enfraquecimento dele”.

* Colaborou Patrícia França

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

MANIFESTAÇÃO DOS POLICIAIS CIVIS SOBRE A OCORRÊNCIA QUE ENVOLVEU A ESCRIVÃ DE POLÍCIA.CONCENTRAÇÃO NA PRAÇA DA SÉ DIA 25 DE FEVEREIRO AS 11HS.

MANIFESTAÇÃO DOS POLICIAIS CIVIS SOBRE A OCORRÊNCIA QUE ENVOLVEU A ESCRIVÃ DE POLÍCIA V. DO 25DP ( PARELHEIROS).

CONCENTRAÇÃO NA PRAÇA DA SÉ DIA 25 DE FEVEREIRO AS 11HS E DESLOCAMENTO PARA O GABINETE DO SR SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA NO LARGO DE SÃO FRANCISCO.

SERÁ EXIGIDO DO GOVERNADOR DO ESTADO O AFASTAMENTO DE TODOS OS CULPADOS, DAS FUNÇÕES QUE EXERCEM.

QUEM NÃO AGIU DIRETAMENTE, PECOU POR OMISSÃO.

OUTRO GRUPO PROGRAMA ÀS 16HS MANIFESTAÇÃO EM FRENTE AO PREDIO DA CORREGEDORIA DA POLÍCIA CIVIL.

MEL- ASSESSORA DE IMPRENSA DA PRESIDÊNCIA

INTERNATIONAL POLICE ASSOCIATION

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quinta-feira, 1 de julho de 2010

Autonomia das polícias judiciárias.Entenda porque você não tem segurança.

Marcos Sagin Campos - São Manuel(SP)

Transcrição de editorial do Dr. Tarcísio Andréas Jansen, Delegado de Polícia do Rio de Janeiro, sobre a importância da autonomia das Polícias Judiciárias para a sociedade Brasileira:

"Entenda porque você não tem segurança.

Como Delegado de Polícia do Rio de Janeiro é meu dever moral e jurídico esclarecer ao povo carioca os motivos pelos quais enfrentamos este caos na Segurança Pública.

Em primeiro lugar, fique você sabendo que a nossa legislação permite que qualquer pessoa, independentemente de sua qualificação profissional, assuma o cargo de Secretário de Segurança Pública. Isto significa que a Polícia Militar e Civil está sob a direção de pessoas que nem sempre tem qualquer conhecimento jurídico e operacional para exercer sua função pública.

Isto significa também que o Governador eleito pelo povo indica o Comandante da Polícia Militar e o Chefe de Polícia Civil, que podem ser demitidos a qualquer momento, estes por sua vez indicam os comandantes de cada Batalhão e os Delegados Titulares de cada Delegacia, que por sua vez são também afastados de seus cargos sem qualquer motivo.

Digo, portanto, que a Polícia Civil é absolutamente política e serve aos interesses políticos dos que foram eleitos pelo povo. Quando os afastamentos de Delegados são políticose não motivados por sua competência jurídica e operacional o resultado é a total falta de profissionalismo no exercício da função. Este é o primeiro indício de como nossa Lei trata a Polícia. Se a polícia é política quem investiga os políticos???

Você sabia que o papel da Polícia Militar é exclusivamente o patrulhamento ostensivo das nossas ruas? E por isso é a Polícia que anda fardada e caracterizada e deve mostrar sua presença ostensiva, nos dando a sensação de segurança. Você sabia que o papel da Polícia Civil é investigar os crimes ocorridos, colhendo todos os elementos de autoria e materialidade e que o destinatário desta investigação é o Promotor de Justiça que por sua vez os levará ao Juiz de Direito que os julgará absolvendo ou condenando?

Então por que nossos governadores compram viaturas caracterizadas para sua polícia investigativa?? Então por que mandam a polícia civil patrulhar as ruas e não, investigar crimes?? Parece piada de português de muito mau gosto, mas é a mais pura e cristalina realidade. Você sabia que o Poder Judiciário e o Ministério Público são independentes da política e a Polícia Civil absolutamente dependente?? Assim, a Polícia Civil é uma das bases que sustenta todo o nosso sistema criminal juntamente com o Judiciário e o Ministério Público. Se o Delegado de Polícia tem esta tamanha importância, por que são administrativamente subordinados à Secretaria de Segurança e a Governadores que são Políticos??

Porque ter o comando administrativo da Polícia Civil de alguma forma serve aos seus próprios objetivos políticos, que passam muito longe dos objetivos jurídicos e de Segurança Pública.

Assim, quero dizer que se o controle da Polícia Civil está na mão da política, isto é, do poder executivo, tais políticos controlam um dos tripés do sistema criminal, o que gera prejuízos tremendos e muita impunidade.

Não é preciso ser inteligente para saber que sem independência não se investiga livremente, é por isso que os americanos criam agências de investigação independentes para fomentar sua investigação criminal.

Em segundo lugar fique você sabendo que o policial civil e militar ganham um salário famélico. Você arriscaria sua vida por um salário de fome?? Que tipo de qualidade e competência tem estes policiais?? Se a Segurança Pública é tão importante por que não pagamos aos nossos policiais salários dignos tais quais são os dos Agentes Federais?? Se o Governo não tem dinheiro para remunerar bem quem é importante para nós para que teria dinheiro?? Em minha opinião, há três tipos de policiais: os que estão absolutamente corrompidos; os que oscilam entre a honestidade e a corrupção e os que são honestos, trabalham em no mínimo três bicos ou estudam para sair da polícia de cabeça erguida.

Qual destas categorias você gostou mais??

Parece que com estes salários nossos governantes há tempos fomentam a existência da primeira e da segunda categorias. É isto que você quer para a sua cidade?? Mas é isso que nós temos, é a realidade mais pura e cristalina.

O que vejo hoje são procedimentos paliativos de segurança pública destinados à mídia e com fins eleitoreiros, pois são elaborados por políticos.

Mas então o que fazer?? Devemos adotar uma política de Segurança a longo prazo. A legislação deve conferir independência funcional e financeira à Polícia Civil com seu Chefe eleito por lista tríplice como é no Judiciário e no Ministério Público. A Polícia Civil deve ser duramente fiscalizada pelo Ministério Público que deverá também formar uma forte Corregedoria.

Os salários dos policiais deverão ser imediatamente triplicados e organizado um sério plano de carreira. Digo sempre que se a população soubesse da importância do salário para quem exerce a função policial haveria greve geral para remunerar melhor a polícia. Mas a quem interessa que o policial ali da esquina ganhe muito bem?? Será que ele vai aceitar aquele cafezinho para não me multar ou para soltar meu filho surpreendido com drogas??? Será que não é por isso também que não temos segurança??? Fiquem todos sabendo que se o policial receber um salário digno não mais haverá escalas de plantão e conseqüentemente não haverá espaço físico para que todos trabalhem todo dia, como deve ser. Fiquem sabendo que a indústria da segurança privada se tornará pública, como deve ser. Fiquem sabendo também que quem vai ao jornal defendendo legalização de emprego privado para policiais não deseja segurança pública e sim segurança para quem pode pagar.

Desafio a comunidade social e jurídica a escrever sobre estes temas e procurar uma política de segurança realmente séria e não hipócrita como é a que estamos assistindo Brasil afora.

AUTOR: Tarcísio Andréas Jansen - Delegado de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, lotado na Divisão Anti-Sequestro

AUTORIZO A PUBLICAÇÃO IRRESTRITA DESTE TEXTO



FONTE: http://www.casadobruxo.com.br/textos/texto70.htm"

- 19/08/2007

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Salvador: a morte como assepsia social.

A MORTE COMO ASSEPSIA SOCIAL.

Aqueles que integram organizações criminosas e deflagram uma prática paralela de imposição de ordem em comunidades baianas, agem às sombras do sentimento de impunidade e ousam determinar regras de comportamento e punições que ensaiam a pena de morte. Batizados de grupos de extermínio, muitos oriundos das organizações policiais do seio do Estado, justificam a necessidade da prática não legitimada pelo governo como uma assepsia social, é o que explica a promotora de Justiça do Ministério Público do Estado, Ana Rita Cerqueira Nascimento, que atua no Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco).

A sensação de insegurança e a pobreza são apontados como fatores que mantém vivos esses grupos, que emergem do cenário nacional de desigualdade social, ocasionado basicamente pelo crescimento econômico recente do país. Dos bolsões de pobreza nascem facções criminosas, em que muitos pela própria falta de oportunidade, debandam para o crime. Desse cenário surgem aqueles, oriundos inclusive do sistema de repressão (a polícia), que acreditam que agindo em grupo, agem da forma correta e passam a eles mesmos impor justiça. “Eles entendem que estão fazendo um trabalho de assepsia social. Supõe que se o sistema não está sendo célere o suficiente para prender, julgar e punir, eles são. E tomam para si essa função”, explica.

A articulação desses grupos na Bahia é, guardada as devidas proporções, similar ao que acontece, por exemplo, com milícias no Rio de Janeiro. Como “braços armados” de facções criminosas, essas pessoas chegam a comunidades oferecendo proteção a um determinado preço. Os que não pagam, são punidos. Uma comum relação com chefes do tráfico ou de outras organizações criminosas é travada da seguinte forma: “não vou incomodar os moradores do local, mas quero continuar com meu serviço, vender meu material. Quanto você quer para fingir que não viu e manter a ordem por aqui?”.

De acordo com a promotora Ana Rita Nascimento, esse tipo de diálogo é característico das relações de poder, com base em que os integrantes geralmente alegam para agirem de tal forma. “Aí as coisas começam a se confundirem. O dinheiro é fácil, proporciona uma de vida que essas pessoas, enquanto membros de instituições, não recebem e passam a ter o poder sobre determinada comunidade. Isso é fascinante e se perde o controle”, explica. Esses grupos costumam dizer que odeiam bandido e que o futuro de bandido é a morte. “Mas quem é bandido? Qual o conceito? E o julgamento Legal fica onde?”, questiona a promotora do Gaeco.

Esses grupos de extermínio que atuam na Bahia, em regra, agem com a escusa de que estão funcionando onde o sistema não funciona. Como não seguem regras, são movidos por um censo comum que une cada um deles. “Eles agem por um senso próprio, impondo Justiça da forma com que eles acham que deva ser imposta, tirando a nossa função de prender, julgar, condenar ou não, e manter preso”, afirma a promotora. Segundo ela, tanto o sistema repressivo, a polícia e o sistema judiciário e prisional, não conseguem dar vazão à função social da pena, a ressocialização. Isso não seria, para Ana Rita Nascimento, uma questão de incompetência e sim de que o sistema não cresce ainda com a mesma velocidade com que o banditismo tem crescido.

As principais vítimas de grupos como esses são, em regra, pessoas que têm um histórico policial, geralmente de camadas baixas da população e jovens. Na Bahia, entre 2004 e 2005, foram desmontadas 13 organizações criminosas, com prisão de 76 suspeitos. “De 2007 para cá, as autoridades têm dado maior atenção, de certa forma porque esses grupos ganharam fôlego. Até 2000, não se via esse tipo de prática de forma clara, apenas ações pontuais nos extremos Norte e Sul do Estado”, explica Nascimento.

Porém, um caso representa para a Ana Rita Nascimento, um divisor de águas na atuação institucional no Ministério Público em investigações. A partir do caso da sentença judicial que condenou integrantes de um grupo de extermínio de Santo Antônio de Jesus a penas de até 44 anos de reclusão, com base em investigação e denúncia da promotora, que entre 2000 e 2003 era responsável pela comarca da cidade, o Ministério Público foi legitimado pelo Tribunal de Justiça (TJ) baiano como apto a investigar. Antes, mesmo com indícios de espancamentos e tortura, inclusive em via pública, e desaparecimentos de pessoas, integrantes do grupo de extermínio formado por policiais militares conseguiram habeas corpus e eram soltos. Com a decisão do TJ, foram punidos o sargento Gilvan Pomponet da Silva e os soldados Luís dos Santos Reis (Luís de Bia), Vladimir Reis de Oliveira e Raimundo Ramos Santos, com a perda do cargo público e pena de reclusão.

Medo é o cotidiano das comunidades

Não apenas em grandes capitais do país, mas em bairros periféricos de Salvador e Região Metropolitana, além de cidades do interior baiano, a atuação de grupos de extermínio faz parte do cotidiano de moradores. Porém, como explica a promotora que atua no Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco), o medo de repressões futuras e a sensação de impunidade, acabam por legitimar a ação desses grupos criminosos na rotina das comunidades.

Morador de Castelo Branco, uma senhora que não quis se identificar, conta que há dois anos havia um comentário na região de que um carro preto passava seqüestrando crianças. “Fiquei com muito medo e proibi meu filho de ficar na rua de noite. A gente não sabe quem será a próxima vítima. Eles podem pegar um inocente e aí, será tarde demais”, diz. Também em Tancredo Neves (Beiru), a população vivia aterrorizada há pouco mais de cinco anos, com um veículo de cor escura, que passava nas ruas do bairro a procura de “suspeitos”. No caso da cidade de Santo Antônio de Jesus, na época da atuação do grupo de extermínio que foi desarticulado pela Justiça em 2005, um veículo branco, do porte de um furgão, provocava pânico na população, inclusive sendo apelidado com o nome de um abatedouro da região.

O fator que representa uma barreira para o processo investigativo do Estado, segundo a promotora do MP, o silêncio das comunidades envolvidas. “A comunidade legitima a ação desses grupos criminosos no momento em que não reage ou nos deixa agir. Com uma sensação equivocada de segurança, a comunidade passa a fazer vistas grossas para aquela atuação. Não existe limite para a ação desses grupos de extermínio, pois eles impõem suas próprias regras. Uma comunidade de milhares de pessoas não pode ficar refém de dez. Esses grupos não têm regras e acham que estão fazendo um grande benefício social. Mas isso é homicídio, lesão corporal, seqüestro. Isso é crime. A função de julgar é do Estado, é para isso que a polícia judiciária existe, para isso que existem cadeias e penitenciárias. Esses grupos não se legitimam e a sociedade hoje começa a enxergar que esses grupos não podem ser legitimados nunca. Senão, você passa a depositar nas mãos de alguns poucos a função de prender, julgar, condenar e executar. Enquanto isso, nossa Constituição veda penas perpétuas e de morte”, afirma Ana Rita Nascimento.
Bandidos tão quanto o que dizem que matam e punem, para a Justiça, os grupos de extermínio são investigados e devem ser criminalmente punidos. Em regra, esses grupos são compostos por integrantes da polícia e por aqueles conhecidos “X9” (pessoas da comunidade que são informantes da polícia). Nesse quadro social, as comunidades sentem-se acuadas e não reagem. “Investigar grupos como esses é um trabalho primeiro de convencimento social da vítima ou parente dessas vítimas. Demonstrar ainda para a comunidade que o silêncio não vai resultar em Justiça, como por exemplo, para casos como o de uma mãe que tem seu filho morto por um desses grupos, ou para visinhos que viram o carro que apanhou o rapaz e que se calam por medo de retaliação.

As pessoas precisam entender que uma conduta como essa deve ser punida e que elas não podem calar diante de um grupo de seis, oito ou dez. Afinal, a comunidade é formada por milhares de pessoas”, explica a promotora de Justiça. O trabalho de investigação consiste em coletar provas, depoimentos, garimpar os inquéritos policiais para identificação do modo operante de cada um desses grupos. O papel dessas comunidades envolvidas é fundamental para coleta de pistas. Algumas mães de vítimas de grupos de extermínio não colaboram com as investigações por acharem que, partindo da premissa de que “bandido tem que ser morto”, não encontrarão apoio desde que seus filhos tinham vida pregressa no crime. Porém, a Justiça garante que a atuação dos grupos de extermínio não é justificável, desde que não são legitimados pelo Estado.(Por Livia Veiga/Tribuna da Bahia)

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Vocês acreditam na versão da polícia? Foi assalto seguido de morte? A polícia tem direito de dar por encerrado este caso?Respondam!


Uma tentativa frustrada de assalto. Assim os acusados de assassinar o delegado Cleyton Leão, morto na manhã da última quarta-feira (26), na Estrada da Cascalheira, em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS), definiram o crime, que chocou a população baiana e ganhou destaque internacional.

Rinaldo Valença de Lima, de 26 anos, Edson Cordeiro, 29, e Magno de Menezes dos Santos, 26, foram presos menos de 24 horas após terem cometido o homicídio. Os acusados confessaram ter praticado uma série de roubos na região. O veículo do delegado seria o terceiro a ser tomado de assalto. O trio também afirmou que não sabia que a vítima era, na verdade, um policial.

De acordo com o depoimento, Ronaldo e Edson saíram do carro para fazer a abordagem, enquanto Magno permaneceu no veículo utilizado para fuga, um táxi roubado em Camaçari. Ao se aproximarem do automóvel do delegado, os bandidos ordenaram que ele saísse. Vendo que se tratava de um assalto, Clayton, que concedia uma entrevista a uma rádio local no momento do crime, tentou pegar sua arma. Assustado com a reação do delegado, Rinaldo fez três disparos. Dois atingiram o delegado e um a porta do veículo.

“Tudo o que eles declararam coincide exatamente com o que pudemos apurar até agora com referência à dinâmica do crime”, declarou o diretor do Departamento de Narcóticos, delegado Cleandro Pimenta, designado pelo secretário da Segurança Pública, César Nunes, para comandar as investigações sobre o caso.

A mulher do delegado, que também estava no veículo e assistiu a toda a ação, confirmou as informações dos três homens presos. Embora ainda não tenha sido ouvida oficialmente, por não ter condições psicológicas de prestar depoimento, algumas informações já haviam sido colhidas com ela, momentos depois do crime.

O trio ficará a disposição da Justiça e será indiciado por latrocínio, formação de quadrilha, roubo, porte ilegal de armas e tráfico de drogas, já que foi encontrada maconha com Edson.

Prisões
Após ouvirem testemunhas e seguirem pistas sobre o automóvel utilizado pelos bandidos para abordar o delegado, policiais da 18ª Delegacia (Camaçari), unidade na qual Cleyton Leão era lotado, chegaram ao paradeiro do autor dos disparos. Rinaldo foi preso em torno das 17h de ontem, escondido no bairro da Gleba E, em Camaçari. Efetuada a prisão, ele apontou a participação dos outros dois integrantes, sendo Edson preso nos arredores do mesmo bairro.

Com “Inha”, como Edson é conhecido, foram encontradas duas armas, um revolver calibre 38 e um revolver 357. Segundo ele, a 357 foi a arma utilizada na ação, o que só poderá ser confirmada após a realização de perícia nas armas.

O terceiro integrante da quadrilha se apresentou à polícia hoje (27), pela manhã. Magno compareceu, juntamente com seu advogado, à Coordenadoria de Ações Especiais (COE), onde foi ouvido antes de ser encaminhado à Secretaria da Segurança Pública.


Tribuna da Bahia

quinta-feira, 27 de maio de 2010

As últimas palavras do Delegado Clayton Leão.




O radialista Marco Antônio, da Rádio Líder FM, em Camaçari, tinha uma entrevista marcada com o delegado no começo da manhã de ontem. Eles já haviam agendado, mas, devido a um atraso, o delegado ligou para a rádio e pediu desculpas, pois não iria poder chegar a tempo. Portanto, disse que poderia parar o carro e falar por telefone ao vivo. Clayton, mesmo atrasado para o trabalho, dedicou alguns minutos para falar sobre o seu trabalho na cidade.

“Eu estava encerrando a entrevista quando aconteceu o crime. Na verdade, ele tinha combinado de dar a entrevista no estúdio da rádio, mas não conseguiu vir. Ele até brincou que outro dia, faria questão de vir pessoalmente à rádio. E eu disse que a cadeira dele estaria sempre à disposição”, relatou o radialista. A entrevista era para falar justamente do trabalho dele no combate ao tráfico de drogas na região. O delegado conversou por mais de 30 minutos com o radialista, até que ele pediu para esperar, foi quando ouvido o barulho dos estampidos.

Foram três tiros pelo que deu para ouvir. Em seguida, a mulher dele começou a gritar que Clayton foi baleado e a pedir socorro. “Sinceramente, não sei o que falar. Estou completamente atônito. Nunca pude imaginar que no meio de uma entrevista acontecesse isso. Como foi com um delegado, podia ser um médico, um advogado ou um professor, assassinado dessa maneira. Eu sabia que o barulho que escutei se tratava de tiros, mas não podia dizer isso ao vivo, que o delegado estava ferido ou morto. O microfone permaneceu ligado por 10 minutos e só escutávamos os gritos da esposa. Foi terrível e estamos muito abalados”, concluiu o radialista.


Tribuna da Bahia

"Meu Deus do céu! Ai meu Deus do céu".Delegado Clayton Leão assassinado. O grito da esposa rasga o céu. Quanta dor!

Delegado Clayton Leão foi morto no momento em que dava entrevista a uma rádio de Camaçari.


O delegado titular da 18ª CP, delegacia de Camaçari, Clayton Leão, foi assassinado na manhã desta quarta-feira, 26, na estrada da Cascalheiras, que é uma pista alternativa para os motoristas que não querem usar o pedágio, entre Abrantes e Camaçari. De acordo com informações divulgadas no site da rádio Líder, Leão concedia uma entrevista ao vivo à emissora.

Clayton estava no carro acompanhado da esposa, que não teve o nome revelado e não foi baleada. De acordo com a polícia, três homens interceptaram o veículo do delegado e atiraram contra ele (confira aqui o áudio da entrevista que registra o momento em que o delegado é baleado). Clayton Leão morreu no local e não chegou a ser socorrido.

Policiais do Comando de Operações Especiais (COE), Caatinga e Rondas Especiais (Rondesp) estão no local do crime, além de delegados e do delegado-chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo. Um helicóptero da Polícia Militar (PM) ajuda nas buscas aos criminosos. Familiares de Clayton acompanham a ação.


Entrevista - "Era uma entrevista sobre segurança em Camaçari. Um apanhado do tempo dele (do delegado) na cidade. Ele estava falando que a segurança estava melhorando e que estava morando com a família em Camaçari porque confiava na segurança. Já tinha mais de dez minutos de entrevista, quando ouvimos um estampido e ele (Clayton) falando 'peraí, peraí' e a esposa pedindo socorro. Achamos que foi um acidente (de carro), mas depois ouvimos a esposa dizer que ele foi atingido", contou o radialista Raimundo Rui, que divide a apresentação do programa "De olho na cidade" com o colega Marco Antônio.

"Ele vinha dar uma entrevista ao vivo para a gente, mas como não deu tempo, ele ligou pedindo para falar por telefone. Então parou o carro na estrada das Cascalheiras para conceder a entrevista", explicou Miriam Soares, recepcionista da rádio. Agentes da Central de Telecomunicações das Polícias (Centel) informaram que Leão se dirigia à delegacia no momento do crime.

Destaque - Antes de assumir a 18ª delegacia, em Camaçari, no final de 2009, Clayton Leão Chaves, 33 anos, se destacou como coordenador do Grupo de Repressão a Roubo a Estabelecimento Financeiro (GRREF), do COE (Centro de Operações Especiais), onde atuou durante quatro anos. Desde que tomou posse, Leão realizava um trabalho de enfrentamento ao tráfico de drogas na cidade.

O delegado participou da Operação Pégasus, que efetuou dez prisões em Camaçari. A operação foi deflagrada em dezembro do ano passado com o objetivo de cumprir 22 mandados de busca e apreensão e 19 de prisão nas cidades de Camaçari, Dias D´Ávila e Feira de Santana. A principal missão da operação foi desarticular uma quadrilha de roubo de cargas e veículos que atua nas estradas baianas.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Salvador: bebê é encontrado em carro abandonado na Paralela.

Um menino, de iniciais R.P.S, que completou um ano e um mês nesta terça, 11, foi encontrado dentro de um Ecosport prata abandonado na noite desta segunda-feira, 10, nas imediações do condomínio Paralela Park. De acordo com o Juizado da Criança e Adolescente, para onde o garoto, de pele branca e cabelo castanho claro, foi levado nesta terça, 11, familiares da criança ainda não foram localizados, apesar da certidão de nascimento do bebê ter sido encontrada dentro do veículo. O menino é natural da cidade de Mauá, interior de São Paulo, e na certidão consta apenas o nome da mãe, Camila Farias.
A delegada de homicídios, Francineide Moura, que estava no plantão da Polícia Metropolitana nesta segunda, disse que entrou em contato com a polícia de São Paulo e que, por enquanto, não há registro de sumiço do garoto. Ela informou também que o carro já foi roubado em São Paulo e recuperado, mas não há informações sobre a situação atual do automóvel.

A delegada também descobriu que os avós maternos da criança têm passagem pela polícia. Não há informações sobre como o bebê chegou à capital baiana. Francineide informou que uma moradora do condomínio Paralela Park disse que viu um homem, que estava próximo ao carro, sair em uma moto. Em seguida, ela percebeu que tinha uma criança no carro e chamou a polícia.

O menino, aparentemente, não apresenta sinais de maus-tratos, mas foi levado nesta manhã para um posto de saúde, como é rotina com a crianças que chegam no Juizado. O bebê está tossindo e apresenta secreção no nariz.

O veículo onde o garoto foi achado encontra-se na Delegacia de Repressão a Crimes contra Criança e Adolescente (Derca).

*Com redação de Paula Pitta | A TARDE On Line

sexta-feira, 12 de março de 2010

Casos Canabrava, Uruguai, Pero Vaz e Vitória da Conquista. Assepsia social?

Movimento Salvador Pela Paz Pede Justica


Nos últimos dias nos deparamos com mais uma ação violenta, insana e letal da polícia militar baiana, para quem não sabe, estou me referindo ao lamentável episódio ocorrido na quinta feira(04/03) passada no bairro de Pero Vaz, onde tivemos 04 vítimas fatais e mais 03 pessoas que supostamente estavam relacionadas ao caso que desapareceram, apois adentrar numa viatura da PM, SEGUNDO TESTEMUNHAS.

Asssistimos meio que estarrecido aos depoimentos dos familiares das vítimas que clamam por justiça, acreditamos que fatos como esses não podem passar desapercebidos pela SOCIEDADE e nem por um GOVERNO DEMOCRÁTICO DE FATO E DE DIREITO, entendemos ainda a ótica perversa e macabra que alguns segmentos da sociedade tentam inserir o nosso povo negro, legitimando uma ação de assepsia social, fazendo sempre uma ligação a criminalidade e ao tráfico de drogas que desqualifica o valor da vida humana e rasga de uma vez por todas a CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA.

Levando-nos a pensar profundamente se de fato estamos vivendo numa DEMOCRÁCIA DE DIREITO, não distante disso é a falta de representantes parlamentares que tomem essa bandeira para si e construam instrumentos de defesa para essa câmada da sociedade que está refém de policiais que corrompem a INSTITUIÇÃO, QUE DEVERIA LHE TRAZER UMA TRANQUILIDADE E SEGURANÇA.

Desconsoante a essas barbaridades(CASO CANABRAVA, URUGUAI,VITÓRIA DA CONQUISTA E PERO VAZ), o Movimento Salvador Pela Paz repudia a violência que assola nosso estado e solidariza-se com as familias das vitimas.

Jupiraci Borges
Coordenador do Movimento Salvador Pela Paz
Acesse nosso site www.salvadorpelapaz.com.br

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

BBB 10: Anamara é exonerada da Polícia Militar.


A baiana Anamara Barreiro de Brito, de 25 anos, participante da décima edição do Big Brother Brasil, teve sua exoneração do cargo de Policial Militar publicada nesta terça-feira, 23, no Diário Oficial do Estado. A solicitação de exoneração da ex-PM foi feita pelo seu advogado Wank Medrado. Agora, a baiana está oficialmente desligada da corporação.

O pedido de exoneração do cargo foi necessário porque Anamara poderia até ser presa por deserção por não retornar ao trabalho depois das suas férias, gozadas no mês de janeiro. Como tinha até o início de fevereiro para retomar às suas atividades, a BBB então deu entrada no pedido na data limite. A baiana exercia suas atividades em Juazeiro, no norte da Bahia.

Penalidades - Caso um policial não volte ao seu posto de trabalho na data prevista, ele pode responder a um procedimento interno que consta do estatuto da polícia e prevê, dentre outras penalidades, demissão e até prisão. A aplicação das penas depende, contudo, do comportamento do funcionário durante o procedimento.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

As circunstâncias que levaram ao assassinato de Maria Islaine de Moraes serão discutidas nesta terça-feira (23/2/10)

Direitos Humanos:
Assassinato em salão de beleza é discutido na Comissão de Segurança

As circunstâncias que levaram ao assassinato de Maria Islaine de Moraes em seu salão de beleza no bairro Santa Mônica, em Belo Horizonte, no dia 20 de janeiro, serão discutidas pela Comissão de Segurança Pública da Assembleia Legislativa de Minas Gerais nesta terça-feira (23/2/10). Solicitada pelo deputado Ruy Muniz (DEM), a reunião acontecerá às 10 horas, no Auditório da ALMG. Maria Islaine foi assassinada pelo ex-marido, Fábio William da Silva Soares, e o crime foi filmado por câmeras de segurança instaladas pela própria vítima em seu salão de beleza.

De acordo com o deputado Ruy Muniz, o assassinato chamou atenção para a necessidade de se reavaliar o combate à violência contra a mulher, objetivo mais amplo da reunião desta terça. Após o crime, a família de Maria Islaine relatou que ela já havia registrado oito boletins de ocorrência contra o ex-marido, que a ameaçava frequentemente. A Justiça já havia proibido Fábio Soares de se aproximar da ex-mulher, o que não foi suficiente para evitar a morte.

Fábio Soares foi preso um dia depois do crime, em Biquinhas, distrito de Morada Nova de Minas, a 297 quilômetros de Belo Horizonte. O casamento, que durou cinco anos, terminou um ano antes do assassinato. Soares disparou várias vezes contra a cabeça e o tórax da ex-mulher, que morreu na hora. Duas clientes e uma funcionária presenciaram a morte.

Presenças - Estão convidados a participar da reunião o procurador-geral de Justiça, Alceu José Torres Marques; o chefe da Polícia Civil, Marco Antônio Monteiro de Castro; a chefe da Divisão Especializada da Mulher, Idoso e Deficiente da Polícia Civil, Silvana Fiorillo Rocha Resende; a presidente do Conselho Estadual da Mulher, Carmen Rocha Dias; a coordenadora Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim), Márcia de Cássia Gomes; e a presidente do Movimento Popular da Mulher, Maria Izabel Ramos de Siqueira.


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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Bahia tem 3 mulheres assassinadas pelos companheiros em 24 horas.

A violência contra a mulher ganhou contornos trágicos na Bahia. Nas últimas 24 horas três mulheres foram assassinadas por seus companheiros no estado. Em um dos homicídios, o acusado é o agente da Polícia Civil integrante do Grupo de Operações Especiais (COE) Evaristo Santana Filho, que matou a estudante do curso de direito Luciana Machado Souza, 27 anos, com quatro tiros na noite deste domingo (24/01) em sua residência em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador.
Segundo a família da vítima, os dois estavam casados há dois dias e se relacionavam há dois meses, apesar de se conhecerem há mais tempo, pois ambos estudavam na mesma faculdade. No momento do crime, duas filhas de Luciana (com idades de cinco e dez) estavam em casa e presenciaram a mãe ser morta pelo marido. A família informou ainda que o policial estaria bêbado quando baleou a esposa e que foi a filha mais velha da estudante quem ligou para familiares informando do acontecido.

No segundo caso, Valdemir Ferreira da Silva foi preso em flagrante na manhã desta segunda, 25, após matar a esposa Rosângela dos Santos com golpes de faca do tipo peixeira em Boa Vista do Lobato, no Subúrbio Ferroviário. De acordo com agentes da 4ª Delegacia, aparentemente Valdemir teve "um surto" e atacou a mulher. O rapaz é evangélico e disse ter ouvido vozes. Ele aparenta ter problemas mentais, segunda a polícia. Policiais disseram que Valdemir está chorando e demonstra arrependimento. O casal nunca teve brigas violentas, de acordo com testemunhas. Ele foi contido por um parente após cometer o crime. O casal tem três filhos de 4, 8 e 10 anos.

O terceiro assassinato ocorreu em Itabuna, sul do estado. Eliane Almeida de Oliveira, 43 anos, foi morta com dois tiros no ouvido neste domingo, 24, em Itabuna. O namorado da vítima, Francisco de Paula Lins da Silva, é apontado como o principal suspeito de ter cometido o crime. O coordenador da 7ª Coordenação da Polícia do Interior (Coorpin), Moisés Damasceno, disse que Francisco têm três mandados de prisão em aberto em Goiás. Ele não informou o tipo de crimes que o rapaz responde. O rapaz está foragido.

A irmã da vítima, Cristiane Almeida de Oliveira, acredita que o assassinato foi premeditado. Ela disse que, no dia anterior ao homicídio, Francisco levou Eliane para visitar os dois filhos dela e que, na ocasião, ele estava "estranho", com o olhar vago e sem conversar normalmente. Cristiane contou que, até então, o casal tinha um relacionamento bom, mas que Francisco sentia ciúmes de Eliane porque ela foi morar em Itapetinga a trabalho.

No dia do crime, Eliane esteve com os filhos e depois foi ao shopping, de onde ligou para um dos filhos e disse que iria para casa. Quando o filho chegou à residência, chamou pela mãe, mas ela não respondeu. Ele estranhou o fato do quarto estar trancado com o ventilador ligado e arrombou a porta, encontrando o corpo da mãe. O caso será investigado pela delegada Sione Porto, da 1ª CP.

Os casos, que ganharam as páginas dos jornais pela semelhança, infelizmente fazem parte da triste estatísticas da violência contra a mulher na Bahia. O estado que possui 417 municípios tem apenas duas Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, uma em Salvador inaugurada em 2008, e a segunda instalada no último dia 21 de janeiro em Feira de Santana. As Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deams) também são escassas. São apenas 15 sendo duas em Salvador, unidades de Brotas e Periperi, e outras 13 no interior, nas cidades de Vitória da Conquista, Feira de Santana, Ilhéus, Camaçari, Porto Seguro, Itabuna, Teixeira de Freitas, Candeias, Alagoinhas, Paulo Afonso, Juazeiro, Jequié e Barreiras.

De Salvador,
Eliane Costa, com informações do jornal Atarde

domingo, 24 de janeiro de 2010

MJ oferece 200 mil vagas em cursos a distância.


Brasília - O Ministério da Justiça oferece 200 mil vagas em 57 cursos gratuitos a distância para policiais civis, militares, peritos, bombeiros, agentes penitenciários e guardas municipais de todo o país. A expectativa é que as vagas sejam preenchidas antes do término do prazo de inscrições, que vai do dia 26 ao dia 30 de janeiro.

A iniciativa é coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e integra o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci).

Serão oferecidos seis novos cursos, entre eles o de papiloscopia, identificação veicular, fiscalização de excesso de peso, mediação de conflitos e cartéis. Os cursos de 40 horas ocorrerão entre os dias 25 de fevereiro e 31 de março. Os de 60 horas vão até 14 de abril.

Os profissionais que desejam participar dos cursos e que recebem até R$ 1,7 mil poderão, ainda, receber benefício de R$ 400, por meio do projeto Bolsa Formação, também do Pronasci.

Mesmo a distância, os alunos contam com a ajuda de tutores dentro das salas de aula para tirar dúvidas, estipular tarefas e avaliar os trabalhos produzidos. Além do material de apoio, eles também contarão com vídeos e debates que podem ser acessados a qualquer momento. Para fiscalizar a participação efetiva do profissional durante o curso, alguns alunos que recebem o Bolsa Formação serão sorteados aleatoriamente para fazerem provas presenciais.

Para dar suporte aos profissionais que não têm acesso à internet, o Ministério da Justiça colocará à disposição 270 telecentros em todo o país com computadores e equipamentos de áudio e vídeo.


Agência Brasil

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Pedofilia pode virar crime hediondo.

A Câmara do Deputados está analisando o Projeto de Lei 5658 de 2009, que pretende tornar a pedofilia (nome que se dá quando um adulto tem atração sexual por crianças) crime hediondo (aqueles que o legislador considera que devem ser reprovados com maior rigor por parte do Estado).

Com a mudança, quem cometer esse tipo de crime pode ter prisão preventiva decretada. A Proposta classifica como pedofilia a conduta de quem se aproveita sexualmente, de forma consumada ou não, de crianças e adolescentes.

A proposta, da CPI da Pedofilia do Senado, também torna crime hediondo a venda ou exposição de vídeos e fotografias infanto-juvenis com teor sexual. O objetivo, segundo relatório da comissão, é aprimorar o combate à prostituição e à exploração sexual de meninos e meninas.




http://www.plenarinho.gov.br/noticias/agencia_plenarinho/ver_noticia.html?ui=2431917231044341712&id=pedofilia-pode-virar-crime-hediondo

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Sociedade civil organizada entra com notíficação ao Estado da Bahia.Abaixo-assinado on line.


Abaixo-Assinado (#5023): Notificação judicial contra o Estado da Bahia visando que presos que não tiverem condições de convívio em sociedade, permaneçam obrigatoriamente sob a tutela do Estado.

> Assine este abaixo-assinado <<

Sociedade civil organizada entra com notíficação ao Estado da Bahia.

Representantes da sociedade civil organizada entram com notificação judicial contra o Estado da Bahia visando que presos que não tiverem condições de convívio em sociedade, permaneçam obrigatoriamente sob a tutela do estado , fora do convívio dos demais membros da sociedade , sob pena de gerar séria insegurança jurídica ao todo social.

Rita de Cássia Martinez foi mais uma vítima do Estado da Bahia.

O assassino de Rita de Cássia Martinez foi liberado para passar o Dia dos Pais em casa. Ele que já havia violentado outras mulheres teve direito a este indulto por qual motivo? Quem assinou a liberação deste bandido? Não nos interessa se ele se matou.

A pergunta é: quantos monstros iguais a este serão liberados no Dia das crianças? e no Natal? Quantas mulheres serão violentadas e abusadas por monstros como este?

A notificação judicial é contra o Estado da Bahia, com o objetivo de adverti-lo, o Estado de que, segundo a constituição federal de 1988, o ato do Estado, tem que ser revestidos de legalidade e moralidade, e caso sejam, de forma a ferir a moralidade administrativa ou a legalidade, estaremos diante de um ato que pode ser anulado, via ação popular, que segundo a CF/88 - art. 5.o inciso lxxiii e a lei n.o.717/1965, pode qualquer cidadão, ingressar pleiteando a anulação do ato, ou o obrigação de não fazer algo que está errado.

Logo , do exposto é perfeitamente cabível a ação popular constitucional , para forçar o Estado , compelir o mesmo a não soltar presos para o convívio em sociedade ,
posto que , existem dois direitos em conflito , o do preso e de outro lado o da sociedade que como coletividade , neste caso vence , o da coletividade , lógico.

O ato administrativo do estado , que origina-se na administração penitenciária - que é subordinada a Secretaria de Justiça e de Direitos Humanos.



Lei n.o 7.210/1984 ....

art. 6.0 a classificacão dos presos será feita , por uma comissão técnica de classificação que elaborará o programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório .

Note que esta adequação proposta pelo legislador , visa , que aqueles presos que não tiverem , condições de convívio em sociedade, terão obrigatoriamente , que ficarem sob a tutela do estado , fora do convívio dos demais membros da sociedade , sob pena de gerar séria insegurança jurídica ao todo social .

Já os arts. 7.o parágrafo único , 8.o e 9.0 falam claramente , que haverá , uma individualização da pena , com observância :

- da comissão técnica , formada por no mínimo dois chefes de serviço , um psiquiatra , um psicólogo , e um assistente social , quando se tratar de preso á pena privativa da liberdade .

- no art. 8.o , nos é dito , que p preso condenado ao cumprimento de pena provativa de liberdade em regime fechado , será submetido a exame a exame criminológico para obter a adequada classificação à individualização.

- no art. 9.o requer entrevista pessoal com os presos.
Isto existe na prática ?

- da leitura do artigo 120 aos 125 da lei de execução penal, podemos perceber claramente que o legislador quer mesmo, é que o preso retorne ao convívio social, em condições
para tal, nunca sem condições de viver na sociedade, jamais, chega a ser crime fazer isso.

Esperamos a sua assinatura consciente. Vamos evitar outras tragédias.

Rede Risco Mulher Brasil


http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/5023

sábado, 19 de setembro de 2009

Sociedade civil organizada entra com notíficação ao Estado da Bahia.

Rita de Cássia Martinez foi mais uma vítima do Estado da Bahia.

Representantes da sociedade civil organizada entram na próxima semana com notificação judicial contra o Estado da Bahia visando que presos que não tiverem condições de convívio em sociedade, permaneçam obrigatoriamente sob a tutela do estado , fora do convívio dos demais membros da sociedade , sob pena de gerar séria insegurança jurídica ao todo social .

Abaixo a foto do assassino de Rita de Cássia Martinez liberado para passar o Dia dos Pais em casa. Ele que já havia violentado outras mulheres teve direito a este indulto por qual motivo? Quem assinou a liberação deste bandido? Não nos interessa se ele se matou. A pergunta é: quantos monstros iguais a este serão liberados no Dia das crianças? e no Natal? Quantas mulheres serão violentadas e abusadas por monstros como este?




A notificação judicial é contra o Estado da Bahia, com o objetivo de adverti-lo, o Estado de que, segundo a constituição federal de 1988, o ato do Estado, tem que ser revestidos de legalidade e moralidade, e caso sejam, de forma a ferir a moralidade administrativa ou a legalidade, estaremos diante de um ato que pode ser anulado, via ação popular, que segundo a CF/88 - art. 5.o inciso lxxiii e a lei n.o.717/1965, pode qualquer cidadão, ingressar pleiteando a anulação do ato, ou o obrigação de não fazer algo que está errado.







Logo , do exposto é perfeitamente cabível a ação popular constitucional , para forçar o Estado , compelir o mesmo a não soltar presos para o convívio em sociedade ,
posto que , existem dois direitos em conflito , o do preso e de outro lado o da sociedade que como coletividade , neste caso vence , o da coletividade , lógico.

O ato administrativo do estado , que origina-se na administração penitenciária - que é subordinada a Secretaria de Justiça e de Direitos Humanos.



Lei n.o 7.210/1984 ....

art. 6.0 a classificacão dos presos será feita , por uma comissão técnica de classificação que elaborará o programa individualizador da pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório .

Note que esta adequação proposta pelo legislador , visa , que aqueles presos que não tiverem , condições de convívio em sociedade, terão obrigatoriamente , que ficarem sob a tutela do estado , fora do convívio dos demais membros da sociedade , sob pena de gerar séria insegurança jurídica ao todo social .

Já os arts. 7.o parágrafo único , 8.o e 9.0 falam claramente , que haverá , uma individualização da pena , com observância :

- da comissão técnica , formada por no mínimo dois chefes de serviço , um psiquiatra , um psicólogo , e um assistente social , quando se tratar de preso á pena privativa da liberdade .

- no art. 8.o , nos é dito , que p preso condenado ao cumprimento de pena provativa de liberdade em regime fechado , será submetido a exame a exame criminológico para obter a adequada classificação à individualização.

- no art. 9.o requer entrevista pessoal com os presos. Isto existe na prática ?

- da leitura do artigo 120 aos 125 da lei de execução penal, podemos perceber claramente que o legislador quer mesmo, é que o preso retorne ao convívio social, em condições
para tal, nunca sem condições de viver na sociedade, jamais, chega a ser crime fazer isso.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Salvador: pedófilo Diogo Nogueira Lima confessa abusar sexualmente de crianças de 8 a 12 anos.

O estudante de medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Diogo Nogueira Moreira Lima, 22 anos, foi preso em flagrante, sob acusação de abusar sexualmente de crianças menores de 12 anos. Segundo policiais, os crimes ocorriam dentro da casa de veraneio da família do acusado, localizada na Praça dos Coqueiros, em Arembepe. No local, Diogo teria sido encontrado pela polícia, por volta das 11 horas do último sábado, abusando de três crianças de 8, 9 e 12 anos. O estudante foi apresentado na manhã de ontem na 26º Delegacia de Vila de Abrantes e a suspeita é de que ele tenha violentado cerca de 20 crianças, entre elas, dois familiares.

Diogo cursa o 8° semestre de medicina, com especialização em Pediatria e é acusado de praticar o crime há pelo menos cinco anos. Com preferência por meninos, o jovem confessou à polícia que atraia as crianças com brincadeiras, jogos de videogame e depois colocava filmes pornográficos. No computador do acusado, a polícia encontrou pastas com nomes, idades e cerca de mil fotos das crianças abusadas por ele. As investigações já duravam um mês e começaram quando o pai de uma das vítimas desconfiou do comportamento estranho do filho e denunciou o caso na delegacia.

De acordo com policiais da 26ª Delegacia, na casa de veraneio foram encontrados diversos artigos eróticos, filmes, peças íntimas, jogos e pirulitos. “A mãe dele alugava apartamentos para veranistas. A maioria frequentava o local em épocas especiais como verão e reveillon. Ele se aproveitava e conquistava a confiança das crianças. Algumas mães já nos procuraram e prestaram queixas”, afirmou um policial da unidade. A delegada Jamila Carvalho, afirmou que jamais viu em sua carreira um caso de "tamanha monstruosidade".

Morador do bairro do Imbuí, em Salvador, Diogo teria começado a praticar os abusos aos 15 anos de idade. Além de filmar e fotografar todos os momentos com as crianças, o estudante relatava em arquivos gravados no computador, detalhes de como conheceu a vítima, o que sentiu e como praticou o ato. Por exemplo, como conta nesse trecho retirado de um dos textos salvos no computador do acusado: “Eu os conheci quando A. tinha 8 anos. Eu os observava secretamente. Sentia tesão mas não tinha coragem nem sabia como fazer para ter chance com eles. Faltava experiência”. Além do órgão genital, Diogo utilizava os dedos e objetos para fazer a penetração nos meninos. O acusado confessou os crimes e alegou ser vítima de uma doença, que segundo ele, “nem a ciência explica”. “Sempre gostei de jogos infantis e através deles atraía as crianças. Não fazia pra colecionar vítimas, usava sempre os mesmos meninos. Gravava os atos para que dessa forma meu desejo sexual fosse contido ao rever as imagens, mas não sabia me controlar”, alegou. Segundo a polícia, ao descobrir os atos libidinosos do filho, há um ano e meio, o pai de Diogo o expulsou de casa e o proibiu de aproximação com os irmãos. A mãe, que teria ficado ciente do comportamento do filho há menos de um mês, o encaminhou para tratamentos psicológicos.

Detalhes




Um estudante de medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba) foi preso no último final de semana em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS), sob a acusação de abusar sexualmente de crianças.

Segundo a polícia, Diogo Nogueira Moreira Lima, de 23 anos, foi flagrado quando tentava fazer sexo com três menores. Há a suspeita de que outras 20 crianças tenham sido violentadas pelo acusado.

De acordo com os policiais, os crimes eram praticados dentro da pousada da mãe do acusado, na Praça dos Coqueiros em Arembepe, Camaçari. Diogo, que iria se especializar em pediatria, foi apresentado à 26ª Delegacia (Vila de Abrantes), onde foi autuado em flagrante e deverá aguardar determinações judiciais.

Os policiais suspeitam de que o estudante abusava de crianças há cerca de cinco anos. Com preferência por meninos, o jovem atraía as crianças com brincadeiras e jogos de vídeo games. No computador de Diogo, foram encontradas pastas com nome, idade e cerca de mil fotos de crianças que teriam sido abusadas sexualmente pelo acusado.

As investigações sobre o estudante foram iniciadas há um mês, quando o pai de uma vítima desconfiou do crime e acionou a polícia.

Fonte: Tribuna da Bahia