A Jornalista Vera Mattos escreve,entrevista,
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sábado, 21 de junho de 2008
Como o povo brasileiro analisa a ação do Exército no Morro da Providência?
Ação do Exército no Morro da Providência foi um erro
Sábado, 21/06/2008 - 07:57
Brasília - O general-de-brigada Carlos Eduardo Jansen, hoje na reserva, comandou as tropas do Exército que fizeram o policiamento do Rio de Janeiro durante a megaconferência ambiental Rio-92 e considera um erro a ação militar no Morro da Providência. Para ele, o Exército sofreu um golpe muito severo na sua imagem no episódio em que três rapazes foram torturados e mortos depois de entregues por militares que ocupavam a comunidade a traficantes do vizinho Morro da Mineira.
Em entrevista ao telejornal Repórter Brasil, da TV Brasil, o general disse que o caso "foi uma das raras oportunidades em que o Exército mereceu uma reprovação pública da Nação brasileira, uma situação inédita em seus 400 anos de história".
Ele disse esperar que o Exército comece a recuperar seu prestígio com a população a curto prazo e o primeiro passo para isso é caracterizar que foi uma atitude isolada dos militares envolvidos no episódio e não uma situação sistêmica da instituição. O segundo passo, ressaltou, é empregar o Exército num quadro que realmente exija sua presença.
Para o general Jansen, a atuação do exército no Morro da Providência "é um risco muito grande e não tem o amparo de um diploma legal". Ele afirma que, por esse motivo, o Exército enfrenta um dilema no Morro da Providência: ou nada fazer, se a situação fosse totalmente tranqüila, ou caso sofresse uma agressão, tendo que revidar, fazê-lo com eficácia. "Nesse caso, podendo, inclusive eliminar o oponente e ser processado por homicídio, já que nada respalda sua ação, ou então mostrar pouca eficácia na repressão e nesse caso ser atingido, colocando em jogo sua própria integridade e sobrevivência. Por isso, a presença no Morro da Providência é um erro".
O militar admite que o Exército pode atuar na segurança pública em momentos de extrema gravidade. "Houve inclusive ali um cenário, mais ou menos recente, de ataque a prédios públicos e que se caracterizou como terrorismo urbano e aquela situação extrapolava nitidamente os limites e a capacidade da Polícia Militar do estado. Nesse caso, se poderia e se deveria ter empregado o Exército. Existe um Estado de Defesa, remédio constitucional que permite o emprego das Forças Armadas numa situação de grave perturbação da ordem."
No caso do Morro da Providência, o general Jansen considera "indispensável que o Exército se retire com urgência para não aumentar o desgaste, que já é profundo, e corrigir o equívoco da sua designação para esse tipo de missão". O general lembra ainda que oficiais subalternos e sargentos do Exército no Rio de Janeiro moram no morro e "isso estabelece um vínculo, para o bem ou para o mal, com as populações locais.
"Se existe uma área de exclusão da soberania nacional numa favela, por exemplo, então o nosso militar, o soldado, acostumou-se às injunções dessa falta de autoridade do poder público naquela área, que é virtualmente uma área liberada, sobre a qual não se exercita a soberania nacional, que é um patrimônio de toda a Nação brasileira. Isso deveria ser discutido de forma sistemática para se achar uma solução".
Capitão e tenente envolvidos na morte de jovens são ouvidos pela Justiça Militar
Sexta-feira, 20/06/2008 - 22:38
Rio de Janeiro - A promotora da Justiça Militar Hevelize Jourdan Covas ouviu na tarde desta sexta-feira (20) os depoimentos do tenente Vinícius Andrade e do capitão Laerte Ferrari, no Primeiro Batalhão da Polícia do Exército, no Rio.
Os militares são acusados de entregarem três jovens do Morro da Providência, no centro do Rio, a traficantes do Morro da Viúva, que apareceram mortos em um lixão na Baixada Fluminense.
O Ministério Público Militar está investigando se os militares cometeram crimes previstos no Código Militar do Exército, entre eles a desobediência de ordens superiores e organização de grupos para a prática de violência.
Na segunda-feira (23) outros quatro militares suspeitos de envolvimento no caso prestarão depoimentos.
A Polícia do Exército cumpriu também nesta sexta-feira um mandato de busca e apreensão na residência do 3° sargento Leandro Maia. Um computador foi apreendido e será enviado à perícia.
O tenente, o sargento e os soldados José Ricardo Rodrigues e Fabiano Eloi dos Santos tiveram a previsão preventiva decretada pela Justiça Militar na última quinta-feira (19).
Jornalista Vera Mattos Presidente da Fundação Maria Lúcia Jaqueira de Mattos Dirigente da Seção Bahia - do Capítulo Brasil do Fórum de Mulheres do Mercosul
Como sempre, eu não sei se vai dar em alguma coisa, mas minha vontade é de fazer o mesmo com esses cafajestes! Foi um caoisa horrorosa, o que fizeram, e dessa vez saiu na mídia, mas e todas as vezes que acontecem e que nada é falado a respeito? é muito, muito triste e desanimador...
Como sempre, eu não sei se vai dar em alguma coisa, mas minha vontade é de fazer o mesmo com esses cafajestes! Foi um caoisa horrorosa, o que fizeram, e dessa vez saiu na mídia, mas e todas as vezes que acontecem e que nada é falado a respeito?
ResponderExcluiré muito, muito triste e desanimador...