quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Bahia:Pacientes sofrem com falta de vagas em hospitais do Estado.

Na última terça-feira, muitos enfrentaram a espera, falta de informação e tumulto na emergência do Hospital Geral do Estado, em Salvador. Ainda no final da tarde, familiares aguardavam vagas para transferência de pacientes, muitos deles, com quadros clínicos de risco. O marido de Ana Lúcia dos Santos, 45 anos, por exemplo, foi conduzido ao HGE por uma ambulância de Candeias, após infarto e desde o último domingo aguarda transferência para realização de cateterismo. “Só hoje já morreram duas pessoas aqui. O hospital diz que a gente tem que ter paciência e aguardar uma vaga. Dizem que há muita gente na fila para atendimento. Como ter paciência em caso de infarto”, questionou.
Roseni Cerqueira, 32 anos, que acompanha a avó internada desde sábado no hospital, disse haver gente esperando vaga para internamento em UTI há dias. Para Elisângela, que não quis revelar o sobrenome, a espera é angustiante. “Minha irmã sofreu um acidente próximo de Candeias e foi trazida pelo SAMU. Há mais de 12 horas está na sala de sutura, aguardando transferência para outro hospital para fazer uma cirurgia. Um parente até conseguiu uma vaga para ela no hospital de Camaçari, mas não tem ambulância para levar”, protestava.
A constante demanda acima da oferta de leitos em hospitais de emergência é uma realidade, segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). O órgão explica que muitos municípios que não oferecem serviço de saúde de qualidade, colocam pacientes em ambulâncias e mandam para Salvador. Essa prática sobrecarrega o serviço nas emergências estaduais da capital, que aliás, teve o HGE construído há 18 anos, último hospital de emergência inaugurado na cidade.
Ana Lúcia dos Santos ainda contou que durante toda a manhã de terça-feira, ambulâncias chegavam e saiam sem atendimento do hospital geral. Por volta das 9 horas, os acompanhantes foram colocados para fora da emergência, o que gerou tumulto. Segundo Roseni Cerqueira, o motivo foi falta de energia. “Até chegar o gerador, muita gente passou mal, contou. Segundo a assessoria da Sesab, o problema foi gerado por uma queda de energia na região e o gerador haveria sido prontamente acionado, sem que houvesse prejuízos para pacientes ou interrupção do atendimento.


Tribuna da Bahia/
Por Lívia Veiga

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