Mais um PM assassinado em Salvador

A Polícia militar está em estado de alerta. Morreu no final da tarde de ontem mais um PM. Adilson Santos Lima, 39 anos, era lotado na 23ª CIPM (Tancredo Neves) e acabava de deixar sua residência numa localidade conhecida como Bate Estaca, Rua Jardim Castro Alves, bairro do Uruguai para aproveitar a noite de folga em um baba de amigos. Foi metralhado. Este é o 28º policial militar executado, de acordo com estatística da assessoria de Comunicação da PM.
Num clima de revolta colegas do soldado morto, que há 19 anos estava na PM, chegavam no início da noite ao Hospital Agenor Paiva, Cidade Baixa, para onde o militar foi levado na tentativa de socorro. Na portaria da emergência a morte era constatada pelos médicos . Os familiares trocaram o silêncio pela ira. Uma irmã do soldado deixou a unidade hospitalar carregada. Ao ser abordada pela imprensa gritava sua dor com um sonoro não aos jornalistas. A filha do militar escorada na porta da emergência, onde o corpo continuava, parecia não acreditar no que estava acontecendo.
Em meio a todo tumulto gerado pela chegada do soldado ferido e a constatação da morte os policiais da 17ª CIPM tentava organizar as entradas ao hospital e o trânsito na área. “Não sabemos se ele vinha sendo ameaçado. Ele foi metralhado por dois homens em uma moto. Não teve sequer tempo de revide”, informou o comandante da 17ª CIPM, Major Francisco César Bonfim.
Policiais da Rondesp, Rotamo e outras companhias estiveram na área realizando uma varredura, mas até o fechamento desta edição não havia qualquer informação de presos.
Alguns militares que se encontravam no hospital aguardando a liberação do corpo do soldado, mostravam-se revoltados com a seqüência de execuções. “A polícia militar está em estado de alerta. Hoje foi ele, amanhã poderá ser um de nós. Algo deve ser feito em respeito a classe”, disparou um militar que não quis ser identificado, evitando “possíveis punições”.

Fonte: Tribuna da Bahia

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