segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Policial Candido Santana Moreira é denunciado por homicídio.

O agente de polícia Cândido Santana Moreira foi denunciado à Justiça hoje, dia 14, pela coordenadora do Grupo de Atuação Especial para o Controle Externo da Atividade Policial do Ministério Público (Gacep), promotora de Justiça Isabel Adelaide Moura, que o acusa de ter assassinado, em 13 de dezembro de 2008, Roberto Alves Costa. Segundo a promotora, o crime foi cometido pelo policial na madrugada do dia 13, quando ele, a pretexto de realizar uma abordagem, interceptou Fábio Ribeiro, Ronald Costa e Roberto Costa no bairro de Pau da Lima.

Naquela madrugada, explica Isabel Adelaide, Cândido Moreira conduzia uma viatura policial quando, sem motivo nem situação de suspeição, abordou Roberto, Fábio Ribeiro e Ronald Costa que se encontravam em uma motocicleta. Roberto, submetido à autoridade do policial, passou então a ser agredido fisicamente, enquanto os outros dois permaneciam deitados no chão. Em seguida, continua a promotora, Fábio e Ronald receberam ordens de Cândido para ajudarem a colocar Roberto na viatura e também entrarem nela. Os dois, ao puxarem o amigo para entrar na viatura, ouviram do policial: tá me tirando de otário?, informou a coordenadora do Gacep, afirmando que, em seguida, os rapazes presenciaram, sem que pudessem esboçar qualquer reação, Cândido disparar um tiro contra a cabeça de Roberto.

Conforme a promotora, o policial, após atirar em Roberto, colocou as vítimas na viatura e as levou ao posto médico de São Marcos, onde as apresentou como se estivessem envolvidas em uma briga. Agora, Isabel Adelaide solicita a prisão preventiva do acusado e requer a condenação dele pelo crime de homicídio simples e tentativa de homicídio contra Ronald Costa que foi atingido no ombro pelo mesmo tiro desferido em Roberto.



Autor: Maiama Cardoso MTb/BA - 2335

Um comentário:

  1. É assim que nos acostumamos a lidar com os jeitinhos dados para explicar os crimes... Sobre os fatais, resta a palavra viva e de autoridade...

    Aos sobreviventes, um silêncio dispendioso de vida útil enquanto de lembranças boas, matadas à queima-roupa em quaisquer becos ou locais públicos... Morre-se comiseradamente, em vida mesmo, e isso é triste... Resta o perdão para sentir mais saúde corporal, como prêmio da proteção divina em algum parâmetro que declare "Ter entendido" o perdão sendo o caminho mais veloz à paz roubada (não sendo único, mas uma boa opção); ñ necessariamente será devolvida na paz de antes, mas será dignificada em qualquer plano que se creia.

    bela reportagem de uma infelicidade armada. triste saber que sobreviventes calam com poesia o q deveria ser punido com a severidade da lei aplicada.

    pasma, Olívia Waste

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