Esta foi comigo mesma. Fui visitar um deputado na Alba - Assembléia Legislativa da Bahia e senti na pele os tempos da ditadura. Ao entrar no plenário o sujeito vôou sobre mim e dizia aos berros que eu ficasse lá fora e que eu não poderia entrar.
Estava acompanhada da minha filha que é bastante jovem e que não viveu a ditadura. O fato pelo menos serviu para exemplificar como os "macacos" (militares que atacavam estudantes) faziam. Em estado de choque, retornei ao salão negro e fiquei observando vários dirigentes corajosos que assessorei e que estão lá pendurados nas paredes em fotos de extremo mau humor e de gosto duvidoso.
Minha filha retornou e localizou o deputado a quem eu levei minhas queixas.
Afinal, o que se discutia? Acordos nucleares ou seria a invasão a alguma área de segurança nacional? Qual a razão do povo ser barrado pela segurança de maneira tão desrespeitosa? Mesmo dizendo que era jornalista, recebi um solene "não interessa". Quando o deputado apareceu, fiquei onde deveria ficar. Algo estava sendo tratado e a palavra mais ouvida era Ministério Público.
Outra senhora entrou e foi da mesma forma tratada. Pelo visto não avisaram aos seguranças da ALBA que a ditadura acabou. Não precisa ser de fino trato os seguranças mas educação doméstica e política devem constar do programa.
COM A PALAVRAS OS DIRIGENTES DA ALBA - ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DA BAHIA.
Jornalista Vera Mattos
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