Brasília, 21 jul (EFE).- O Brasil pode perder um total 33 mil adolescentes vítimas de assassinato até 2012, informou um estudo divulgado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos do Governo junto com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a organização não governamental Observatório das Favelas.
Esta estatística será possível se for mantido o ritmo de duas mortes por assassinato para cada mil brasileiros entre 12 e 19 anos desde 2006.
O relatório só considerou a situação de violência sofrida pelos jovens nas cidades com mais de 100 mil habitantes, que concentram a maior parte das quase 200 milhões de pessoas que vivem no país.
Segundo a análise, os homicídios representam 46% de todas as causas de mortes dos cidadãos brasileiros nesse faixa etária, enquanto os falecimentos por causas naturais totalizam 25%, e os por acidentes 22%.
Além disso, o relatório diz que 3 % dos adolescentes se suicidou e que outros 3% perderam a vida por "mortes mal definidas".
"Esta cifra por si só deveria ser suficiente para transmitir a gravidade do fenômeno no Brasil, particularmente se lembrarmos que mortes por causas evitáveis de adolescentes e em especial os homicídios deveriam ser, a princípio, um fato extremamente raro em qualquer sociedade", apontou.
Outro dado apresentado é que a possibilidade de ser assassinado no Brasil é 2,6 vezes maior entre adolescentes negros do que entre brancos. Segundo o estudo, isso se explica pelo fato de a violência estar mais assentada entre as camadas menos favorecidas da sociedade.
A pesquisa também aponta que, para adolescentes do sexo masculino, o risco de ser assassinado é 11,9 vezes maior se comparado ao de mulheres na faixa de 12 a 18 anos. EFE.
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