quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Gilvan Cleucio de Assis abordou médica Rita de Cássia quando ela colocava a filha pequena na cadeirinha de segurança do banco de trás do seu veículo.
Apontado pela Polícia Civil como o autor do assassinato da pediatra Rita de Cássia Tavares Giacon Martinez, 39 anos, cometido há uma semana, Gilvan Cleucio de Assis, 34, revelou ter retornado ao Shopping Iguatemi, onde abordou a vítima, para fazer um lanche e encontrar uma namorada. Isso apenas horas após a médica ser morta de maneira brutal, atropelada pelo próprio carro, um GM Zafira, no qual fora levada com a filha.
Este foi um dos detalhes que Gilvan – que deixou a prisão beneficiado com a saída programada na semana do Dia dos Pais – relatou em seu depoimento à delegada Andréa Ribeiro, titular em exercício da Delegacia de Homicídios (DH), à frente das investigações. Conforme a delegada, no interrogatório – que durou sete horas, invadindo a madrugada de quarta-feira, 12 –, Gilvan negou ter violentado sexualmente a médica e também que tenha roubado a carteira e o celular da vítima.
“Ele disse que a médica pulou do carro e foi atropelada ao se colocar à frente do veículo. Acreditamos que o mato às margens da pista, onde há um bambuzal, foi o local em que ele a atacou. Tanto que achamos dentro do mato rastros de sangue e um colar de Rita. Além disso, no cabelo dela estavam presas folhas secas iguais às encontradas no meio da vegetação”, confirmou Andréa.
Entre as hipóteses que a delegada disse trabalhar, está a de que Gilvan supostamente não teria consumado o estupro, devido a uma reação da vítima, e teria retornado ao Zafira para fugir. A médica teria se colocado à frente do automóvel, numa tentativa desesperada de evitar que a filha, de apenas 1 ano e 8 meses, fosse levada pelo criminoso. Mesmo assim, o bandido arrancou com o veículo, atropelando e esmagando a pediatra.
“A versão dele é contraditória ao que foi encontrado no local”, reiterou a delegada. O corpo de Rita foi encontrado na estrada vicinal que corta a localidade de Fazenda Lagoa, nos arredores do município de Santo Amaro da Purificação (a 71 km de Salvador), por volta de 17h30 do último dia 6. Cerca de três horas antes, o carro foi localizado por policiais rodoviários no acostamento da BR-324, perto do entroncamento de São Sebastião do Passé. A bordo, apenas a criança, adormecida.
No depoimento, Gilvan contou ter se hospedado com uma suposta namorada em um hotel, no bairro de Pernambués, na tarde da véspera do crime – data em que deixou a Colônia Penal Lafayete Coutinho, em Castelo Branco, onde cumpre pena por estupro, atentado violento ao pudor e assalto –, saindo na manhã seguinte. Como registrado pelas câmeras de vigilância do shopping, Gilvan entrou no estabelecimento utilizando a passarela que dá acesso à Estação de Transbordo Iguatemi.
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1207211
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