O Pensador.
Rio de Janeiro, 26 out (EFE).- O Palacete das Artes Rodin Bahia, em Salvador, abre nesta segunda-feira suas portas a uma exposição de 62 esculturas de gesso de Auguste Rodin, que são matrizes de várias das principais obras do famoso escultor francês e que estarão à disposição do público durante três anos.
As obras fazem parte da coleção do Museu Rodin de Paris e foram cedidas durante três anos à cidade graças a um acordo especial assinado dentro do Ano da França no Brasil.
As peças que compõem a exposição "Auguste Rodin, Homem e Gênio" foram colocadas em estruturas de vidro e distribuídas nos salões e jardins do Palacete das Artes.
As esculturas expostas em Salvador, avaliadas em R$ 26 milhões, são matrizes em gesso que o pai da escultura moderna fez antes de produzir suas obras em bronze ou mármore.
Entre as matrizes estão algumas das famosas obras de Rodin como "O Pensador", "O Beijo", "Eva", "O Escultor e sua Musa" e a terceira maquete de "Porta do Inferno".
Segundo Heloísa Costa, curadora da exposição no Brasil, são peças que permitem conhecer o processo de criação de Rodin.
"Essas obras de gesso foram as realmente moldadas por Rodin. Foi no gesso que Rodin teve mais possibilidades de transmitir o movimento do corpo e as expressões. Somente depois o escultor passava seu trabalho para o mármore ou o bronze", assegura Heloísa.
Segundo a curadora, esta é a primeira vez que o Museu Rodin aceita ceder por tanto tempo peças para uma exposição em outro país.
Para poder organizar a mostra, as autoridades de Salvador tiveram que adotar várias medidas de segurança, como a instalação de 70 câmaras de vigilância e de 200 sensores no local da exposição.
"Esperamos uma frequência recorde para justificar todo o investimento que fizemos, de R$ 1,5 milhão", disse o diretor do Palacete das Artes, Murilo Ribeiro.
Como referência, as autoridades citaram as cerca de 500 mil pessoas que assistiram em 1995 a uma exposição de 58 obras originais de Rodin, realizada primeiro no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e depois na Pinacoteca do Estado de São Paulo.
© EFE 2009.
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