domingo, 4 de setembro de 2011

Deputados federais pela Bahia votaram pela cassação da deputada Jaqueline Roriz.

Os deputados federais baianos, em sua maioria, votaram a favor da cassação da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), que acabou absolvida anteontem no Plenário da Câmara por 265 votos contra a medida. No total, 166 parlamentares ainda se manifestaram a favor da cassação e 20 se abstiveram. A parlamentar foi filmada recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator do mensalão do DEM do Distrito Federal. Após a divulgação do vídeo, Jaqueline admitiu que o valor seria usado para caixa dois de campanha.

“Votei a favor da cassação e orientei a bancada que fizesse o mesmo. A permanência da deputada no parlamento prova que lamentavelmente existe um dessintonia entre uma parte da Câmara e a sociedade. Diante de um episódio como este, a população só pode ficar triste com o Congresso”, disse o líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto.

O petista Nelson Pelegrino, apesar de não ter comparecido à sessão que decidiu pela permanência da deputada, também lamentou o episódio. “Não pude comparecer e, infelizmente, meu voto não seria decisivo porque a maioria rejeitou a cassação, mas eu votaria a favor. As circunstâncias do episódio não são boas para a imagem dos políticos”, afirmou.

Pelegrino justificou que não participou da sessão em virtude de uma reunião da comissão de combate ao uso de drogas da Câmara Federal na Assembleia Legislativa da Bahia. Ele é o coordenador da comissão no estado.

Os deputados Maurício Trindade (PR) e Lúcio Vieira Lima (PMDB) não quiseram revelar seus votos, que são secretos regimentalmente, mas também lamentaram a decisão dos colegas. “Os julgadores são os parlamentares e não há mais opinião a emitir. É claro que isso gera desgaste no parlamento.

O Brasil vive um momento político especial. O povo está voltando a se manifestar e isso é bom para a democracia”, avaliou Lúcio. A decisão da Câmara não carece de contestação em nenhuma outra instância do Poder Legislativo. A deputada Jaqueline Roriz, no entanto, continuará respondendo aos processos na Justiça civil.

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