Durante os protestos que aconteceram em diversas cidades brasileiras, 52 jornalistas foram agredidos nos 53 casos de violência registrados (o repórter Leandro Machado, da Folha de S. Paulo foi preso e agredido). O levantamento foi feito pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) com base em dados repassados por sindicatos, redações e pela ONG Repórteres Sem Fronteiras.
A maior parte dos casos de violência se refere a agressões cometidas pelas autoridades. Trinta e quatro registros são hostilidades ou ameaças feitas por parte de policiais militares. Seis casos foram de prisão. Os jornalistas permaneceram na cadeia em períodos que variaram de minutos a três dias. Além disso, 12 ocorrências se deveram à ação de manifestantes. A Abraji não identificou o agente causador do ferimento contra um profissional.
Das onze cidades brasileiras listadas como palco de violência a funcionários da imprensa, São Paulo foi onde houve o maior número de registros: 25 no total. Os repórteres da Folha (8) foram os que mais sofreram com hostilidades ou agressões, seguidos pelos profissionais de G1 (4), Estadão (3), TV Globo (3) e UOL (3).
Manifestantes protestaram em frente do Congresso Nacional (Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Abraji repudia casos de violência
A Abraji ressalta que repudia violência da polícia contra manifestantes pacíficos, além da "hostilidade de alguns manifestantes contra os trabalhadores dos meios de comunicação, como repórteres, fotógrafos, cinegrafistas e motoristas". A entidade acrescenta que "impedir ou dificultar o trabalho da imprensa é agir contra a democracia".
Relembre alguns casos:
Caco Barcellos (TV Globo)
A equipe do 'Profissão Repórter' esteve no quinto dia de manifestação em São Paulo e ouviu palavras de ordem, como "Ih, fora". "Entre os manifestantes, testemunhamos a hostilidade. Fico preocupado com a segurança da nossa equipe, mas o nosso trabalho vai continuar", afirmou Caco.
Manifestantes protestaram em frente do Congresso Nacional (Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Abraji repudia casos de violência
A Abraji ressalta que repudia violência da polícia contra manifestantes pacíficos, além da "hostilidade de alguns manifestantes contra os trabalhadores dos meios de comunicação, como repórteres, fotógrafos, cinegrafistas e motoristas". A entidade acrescenta que "impedir ou dificultar o trabalho da imprensa é agir contra a democracia".
Relembre alguns casos:
Caco Barcellos (TV Globo)
A equipe do 'Profissão Repórter' esteve no quinto dia de manifestação em São Paulo e ouviu palavras de ordem, como "Ih, fora". "Entre os manifestantes, testemunhamos a hostilidade. Fico preocupado com a segurança da nossa equipe, mas o nosso trabalho vai continuar", afirmou Caco.
Guiliana Vallone (Folha de S. Paulo)
Atingida no olho por um tiro de bala de borracha, a repórter da TV Folha, fazia a cobertura da manifestação contra o aumento da tarifa do transporte em São Paulo. De acordo com os médicos, os óculos de Guiliana possivelmente salvaram o seu olho direito.
Honório Jacometto (TV Globo)
O jornalista da afiliada da TV Globo em Goiás foi cercado e empurrado por pessoas que gritavam "Fora Globo". A Polícia Militar teve que intervir.
Atingida no olho por um tiro de bala de borracha, a repórter da TV Folha, fazia a cobertura da manifestação contra o aumento da tarifa do transporte em São Paulo. De acordo com os médicos, os óculos de Guiliana possivelmente salvaram o seu olho direito.
Honório Jacometto (TV Globo)
O jornalista da afiliada da TV Globo em Goiás foi cercado e empurrado por pessoas que gritavam "Fora Globo". A Polícia Militar teve que intervir.
Leandro Machado (Folha de S. Paulo)
O repórter acompanhava a prisão de um manifestante quando foi detido e levado para o 78º DP (Jardins) "por atrapalhar a ação da polícia". Machado foi acusado por formação de quadrilha. Dois dias depois, ele foi alvo de um tiro de bala de borracha, como relatou sua colega de trabalho, Guiliana Vallone: "vi o policial mirar em mim e no querido colega Leandro Machado e atirar".
O repórter acompanhava a prisão de um manifestante quando foi detido e levado para o 78º DP (Jardins) "por atrapalhar a ação da polícia". Machado foi acusado por formação de quadrilha. Dois dias depois, ele foi alvo de um tiro de bala de borracha, como relatou sua colega de trabalho, Guiliana Vallone: "vi o policial mirar em mim e no querido colega Leandro Machado e atirar".
Rita Lisauskas (Band)
Em reportagem para o 'Jornal da Noite', Rita mostrou imagens do momento em que foi alvo de manifestantes. "No meio da confusão, também fui vítima. Jogaram vinagre nos meus olhos".
Sérgio Silva (Futura Press)
Na noite mais violenta dos protestos contra a elevação da tarifa do transporte público, em 13 de junho, o fotógrafo da Futura Press foi atingido por uma bala de borracha no olho esquerdo enquanto fazia a cobertura do evento na capital paulista. Silva sofreu lesões oculares e fratura de órbita, por isso, pode ficar cego. Ele deve entrar com pedido de indenização de R$ 700 mil contra o estado paulista.
Em reportagem para o 'Jornal da Noite', Rita mostrou imagens do momento em que foi alvo de manifestantes. "No meio da confusão, também fui vítima. Jogaram vinagre nos meus olhos".
Sérgio Silva (Futura Press)
Na noite mais violenta dos protestos contra a elevação da tarifa do transporte público, em 13 de junho, o fotógrafo da Futura Press foi atingido por uma bala de borracha no olho esquerdo enquanto fazia a cobertura do evento na capital paulista. Silva sofreu lesões oculares e fratura de órbita, por isso, pode ficar cego. Ele deve entrar com pedido de indenização de R$ 700 mil contra o estado paulista.
- Escrito por Redação Comunique-se
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