- Publicado em Sexta, 05 Julho 2013 09:09
- Escrito por Redação Comunique-se
O jornalista Paulo Henrique Amorim foi condenado a um ano e oito meses de prisão por "injúria difamatória", ao chamar o comentarista de política da Globo, Heraldo Pereira, de "negro de alma branca". A decisão foi tomada pela Terceira Turma Criminal, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, em 20 de junho e divulgada na noite dessa quinta-feira, 4.
Em 2009, PHA publicou em seu blog, o Conversa Afiada, o texto "Globo mente em rede nacional e desmente em rede local". Além de falar sobre o 'Jornal Nacional' e a abordagem dada a uma manifestação contra a violência policial em São Paulo, o blogueiro e apresentador da Record se referiu nominalmente ao jornalista que cobre o Congresso.
"Heraldo Pereira, que faz um bico na Globo, fez uma longa exposição para justificar o seu sucesso. E não conseguiu revelar nenhum atributo para fazer tanto sucesso, além de ser negro e de origem humilde. Heraldo é o negro de alma branca. Ou a prova de que o livro do Ali Kamel está certo: o Brasil não é racista. Racista é o Ali Kamel", publicou Amorim no blog.
Posteriormente, em março de 2010, PHA mencionou que Pereira se ajoelhava para o Ministro Gilmar Mendes e que seu comportamento serviçal deveria envergonhar Ali Kamel, "inimigo das cotas para negros nas universidades". A Justiça classificou o trecho como injúria.
Visão da Justiça
Os desembargadores concordaram que a expressão "negro de alma branca" é "ofensiva à honra, haja vista a utilização de elementos relacionados à cor, bem como o fato de ser ela empregada no sentido depreciativo, indicando que embora negro, possui características que o elevam à condição de pessoa branca".
Visão da Justiça
Os desembargadores concordaram que a expressão "negro de alma branca" é "ofensiva à honra, haja vista a utilização de elementos relacionados à cor, bem como o fato de ser ela empregada no sentido depreciativo, indicando que embora negro, possui características que o elevam à condição de pessoa branca".
À Folha de S. Paulo, a advogada do réu, Maria Elizabeth Queijo, disse que vai recorrer da decisão. No ano passado, Amorim teve que se retratar publicamente, em anúncios de jornais, por causa das declarações sobre o jornalista da Globo.
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