domingo, 26 de janeiro de 2014

Protestos contra Copa do Mundo terminam com atos de violência.









Os protestos que aconteceram neste sábado em diferentes pontos do Brasil contra a organização da Copa do Mundo transcorreram em sua maioria com normalidade, embora em cidades como São Paulo tenham sido registrados vários atos de violência e destruição de patrimônio público.
Na mesma avenida, um automóvel foi incendiado após ser atingido por um objeto inflamável, embora alguns dos manifestantes tenham tentado apagar as chamas.
Além dos estabelecimentos que iam fechando à passagem do protesto, um hotel no qual vários manifestantes tinham se refugiado por volta das 20h foi fechado pelas tropas de choque da Polícia Militar, que em várias ocasiões tentou dispersar os presentes com tiros para o ar e bombas de efeito moral.
Por enquanto, não há informação de feridos nem detidos.
Os protestos se repetiram em mais de uma dezena de cidades, como Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, embora em todas elas a presença de manifestantes tenha sido muito menor do que a esperada.
Na sexta-feira, mais de 40 mil pessoas confirmaram sua presença nas manifestações através das redes sociais, previstas a princípio em mais de 30 cidades, enquanto em São Paulo, onde aconteceu a mais movimentada, se concentraram ao redor de 2.500 pessoas, segundo a PM.
Em Goiânia, 200 pessoas protestaram esta manhã pelo mesmo motivo. O encontro aconteceu com tranquilidade, embora no último momento alguns encapuzados tenham queimado vários pneus.
Pelo menos 143 pessoas foram detidas neste sábado acusadas de participar de distúrbios ocorridos nas manifestações que aconteceram em diferentes cidades em protesto contra a organização da Copa do Mundo.
Em São Paulo, 128 pessoas foram detidas, por enquanto, após as manifestações registradas na capital paulista, e que terminaram com confrontos entre a Polícia e os manifestantes, informou a Polícia Militar (PM) através de sua conta no Twitter.
Em Natal, 15 pessoas foram aprisionadas pelos protestos registrados em frente do estádio Arena das Dunas, inaugurado na quarta-feira passada pela presidente Dilma Rousseff.
Um grupo de manifestantes tentou invadir o estádio, danificou uma arquibancada de acesso ao local e ateou fogo em uma loja utilizada pelos trabalhadores da recém inaugurada obra, informou a "Folha de São Paulo".
De acordo com as autoridades, 15 pessoas foram detidas por tal ação.
As manifestações começaram de forma pacífica na maior parte das cidades, embora tenham terminado com alguns focos de violência em algumas delas. 

A manifestação foi promovida por várias organizações sociais com o objetivo de criticar a despesa elevada do Governo na realização da competição, em detrimento de outros serviços como educação e saúde.
O manifesto da convocação denuncia, entre outros fatos, a despesa extra prevista da organização do Mundial e atribui o aumento do orçamento à corrupção nas instituições responsáveis pela construção dos novos estádios que estão sendo construídos para o evento esportivo.
"É um absurdo que o Brasil organize uma Copa do Mundo porque há problemas na saúde, na educação e na habitação que estão em condições péssimas", afirmou à Agência Efe Daivis Souza,  que participava do protesto de São Paulo.
 EFE 





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