Dieta dash foca ingestão em carnes magras, frutas, vegetais e cereais.
Proposta reduz consumo de sódio e aumenta o de cálcio e potássio
A dieta dash (sigla em inglês para "abordagem dietética para interromper a hipertensão") concentra a ingestão de alimentos em carnes magras, frutas, vegetais, laticínios desnatados e cereais integrais.
Além disso, reduz consideravelmente o consumo de sódio a 2,4 g por dia – a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de até 5 g por dia, e o brasileiro consome três vezes esse valor. Também busca aumentar os níveis de cálcio, potássio e magnésio nas refeições.
De acordo com a nutricionista Mariana del Bosco, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), o aumento de cálcio e potássio na alimentação interfere na maior eliminação de sódio pelo rim, o que facilita a redução da hipertensão.
Os benefícios também acabam passando pela diminuição da gordura saturada e de doces, o que tem impacto direto sobre os níveis de colesterol no sangue.
Segundo a nutricionista Mônica Beyruti, também da Abeso, essa não é uma dieta propriamente dita, mas um programa alimentar que serve de orientação para quem tem pressão alta.
"Dieta tem conotação de restrição. E a dash já existe há mais de dez anos e nunca deixou de ser usada. O que os especialistas estão fazendo agora é uma nova classificação de dietas e incluindo essa como top. Americanos adoram rankings", afirma Mônica.
Restrição calórica
Em geral, a "dash diet" não prevê muita restrição calórica: a pessoa pode consumir 2 mil kcal por dia, desde que de alimentos saudáveis – já que o objetivo direto não é perder peso, mas uma consequência, se necessário.
"Há pessoas que não conseguem emagrecer sem restrição de calorias", diz Mônica. A especialista destaca também que esse plano alimentar deve ser potencializado com um peso saudável e a prática regular de exercícios físicos.
Segundo ela, cortar de 500 kcal a 1.000 kcal é suficiente para um emagrecimento com saúde, o que pode resultar entre 1 kg a 4 kg a menos no fim do mês.
"Antes de 2006, o Ministério da Saúde recomendava 2.200 kcal por dia para um adulto médio. Hoje já são 2.000 kcal. A perda de peso é sempre consequência de um balanço negativo de energia", destaca Mariana.
Segundo ela, um profissional não recomenda dietas da moda aos pacientes, mas adaptações de várias propostas que se adapte a cada caso.
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