domingo, 27 de abril de 2008

Presidente da CPI da Pedofilia foi ao Pará ouvir bispos ameaçados de morte.

da Agência Brasil

O senador Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI da Pedofilia, reuniu-se hoje (24) com o bispo da Ilha do Marajó, dom José Luiz Azcona, para obter informações sobre as denúncias feitas pelo religioso sobre tráfico de seres humanos, pedofilia e de exploração sexual de menores na região.

O bispo disse ao senador que essas ações "são praticadas por representantes do poder local, que se aproveitam da situação local, de municípios muito pobres, com meia dúzia de poderosos, de políticos locais, e uma situação de pobreza, de exclusão social, em que muitos pais põem os filhos para vender o corpo", relatou o senador.

Dom Luiz Azcona e outros dois bispos no Pará, dom Flávio Giovenale, da Diocese de Abaetetuba, e dom Erwin Krautler, da Prelazia do Xingu, vêm sofrendo ameaças de morte por causa das denúncias que vêm fazendo, que também incluem tráfico de drogas, grilagem e desmatamento ilegal no Pará.

Amanhã (25), Malta deve ir para Belém, onde se encontra com a governadora Ana Júlia Carepa (PT). Ele também iria se reunir com os outros dois bispos ameaçados, mas dom Erwin Krautler está na Austrália e o senador depende de um acordo com a Aeronáutica para ir até Abaetetuba, para encontrar dom Flávio Giovenale.

Dom José Luiz Azcona conta que optou por não aceitar proteção de seguranças do Estado do Pará, apesar da oferta da Secretaria de Justiça. "Eu me sinto tranqüilo, sereno, a presença de segurança provavelmente vai criar em mim uma sensação de ser perseguido, de estar ameaçado". Ele afirmou que colocou à disposição do senador Magno Malta alguns documentos dos quais a CPI não tinha conhecimento ainda e que podem ajudar nas investigações

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