quinta-feira, 24 de julho de 2008

25 DE JULHO É O DIA DA MULHER NEGRA DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE



Jornalista Vera Mattos
Presidente da Fundação Maria Lúcia Jaqueira de Mattos
Dirigente da Seção Bahia - do Capítulo Brasil
do Fórum de Mulheres do Mercosul



25 de Julho Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe

TEMA:  MULHERES NEGRAS: ANCESTRALIDADE E RESISTÊNCIA EM LUTA POR CAMINHOS DE IGUALDADE

O Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha foi criado em 25 de julho de 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana. Estipulou-se que este dia seria o marco internacional da luta e da resistência da mulher negra. Tendo em conta a condição de opressão de gênero e racial/étnica em que vivem as mulheres negras, explícita em muitas situações cotidianas.

Nós, mulheres negras estamos nas ruas para denunciar e combater o racismo e o sexismo estamos reafirmando a trajetória de luta de nossas ancestrais, mulheres que foram arrancadas de suas famílias, sociedades, culturas, modos de viver na África, mulheres que criaram um modo de vida neste continente chamado América.

Mulheres como Nany na Jamaica, como Jacuba, Júlia, Dorothea, Una e Effa nas Guianas que enfrentaram os senhores de escravos, mulheres como Rosa Parks que se recusou a dar o seu lugar num ônibus a um homem apenas por este ser branco iniciando nos Estados Unidos o Movimento dos Direitos Civis. Mulheres como Maria Felipa que lutou na guerra da independência na Bahia, mas não é lembrada no Dois de Julho, Zeferina, Luisa Mahim. Mulheres negras que cotidianamente trazem na pele, no rosto, no cabelo, no sorriso a sua força e a certeza de que podem mudar essa situação.

Nós, mulheres negras estamos aqui para denunciar como a nossa sociedade é perversa, como ela maltrata as suas filhas e filhos, como ela, mata as nossas crianças, adolescentes e jovens negros. Essa sociedade mata com a violência do aparelho repressor do Estado, mas mata também quando não pune estes agressores, mata quando nos empurram para a marginalidade, mata quando não investe na saúde pública, quando deixa que as nossas jovens morram em função dos abortos clandestinos por falta de atendimento médico e por pura hipocrisia dessa sociedade. Mata quando nos empurram para as ocupações em prédios públicos abandonados onde os ratos são os nossos animais de estimação, onde moradia digna é piada. Esta sociedade nos mata quando fecha os olhos à violência doméstica, nos mata quando riem por sermos negras e nos impõe um modelo de beleza branca que é cruel. Mata quando permite que o a educação pública básica não atenda as necessidades do nosso povo.

Muitas mulheres morreram e morrem por tudo isso, mas nós estamos bem vivas e lutando para reafirmar o nosso compromisso com as lutas dessas mulheres e das nossas ancestrais de construir um espaço de poder em que o racismo e o sexismo sejam permanentemente combatidos.

Poder para o povo negro! Poder para a Mulher Negra!

 

Negras e Negros rumo à presidência

 

 

 

 

Estaremos realizando no dia 25 três grandes atividades:

 

Pela manhã uma Audiência Pública; Exigindo a reabertura imediata da DEAM de Periperi convidados; OAB, Ministério Público, ANAAD, governo do estado e outras representações ás 09h no Colégio Estadual de Praia Grande - Rua Rosalvo Barbosa Romeu S/N – Periperi

A tarde a II Caminhada Mulheres Negras Ancestralidade e Resistência em Luta por Caminhos de Igualdade, concentração ás 14h do Campo Grande até a Praça Castro Alves

Uma Questão de Gênero e Raça – Prêmio Luiza Mahim reflexão na temática da Mulher Negra, suas lutas e resistência. Teremos a entrega do prêmio a 10 mulheres negras

Local; terreiro Oxumaré ás 19h – vasco da gama

O objetivo das atividades é proporcionar um espaço formação e discussão sobre o papel da mulher negra na sociedade.

 

Entidades que estão construindo as atividades

 

Coletivo de Entidades Negras

Fórum de Entidades do Subúrbio

Grupo Amuleto

Afoxé Ilê Oya

Afoxé filhos de Nanã

Círculo Palmarino

Aspiral do Reggae

Grupo de Estudante Cotista da UFBA – Mojubá

Afoxé Kuabalagwaze

Monas Odara

Terreiro Oxumaré

Ilê Axé Omim Ewá

Ginga do Negro

Grupo de Mulheres do Alto das Pombas

Fórum da Juventude Negra

Grupo de Cultura Popular Vandré

Associação Rastafary

Afoxé Filhos do Congo

Atitude Quilombola

Associação Renascer Mulher

Grupo de Mulheres SILOÉ

Centro de Educação Ambiental São Bartolomeu

Núcleo de Mulheres da Rede Aiyê

Ass. Rastafary Cultural Linda Flor

Resistência Comunitária

Sociedade B. e Recreativa do Calabar

Ilê Axé Omim Ewá

Furação 2001

 

Contatos. Lindinalva de Paula 9933-4033

Raimunda – 9115-2432

 

Esperamos contar com a participação de todos e todas

 

Favor divulgar

 


--
WWW.UBMULHERES.ORG.BR

 
 



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