O cinema e a televisão perpetuam estereótipos da mulher negra que prejudicam a sua inserção na sociedade. Esta foi a avaliação feita por Tetchena Bellange, produtora de cinema e documentarista, durante o terceiro dia do Colóquio África e Diáspora, no final da manhã deste sábado, 8.
No evento, que discutiu O Lugar da Mulher Negra na Geopolítica, Tetchena considerou que "os estereótipos foram criados como um método de controle". Ela citou que os produtos culturais exarcebam a sexualidade das negras. "Isso influencia na aplicação das leis quando elas são vítimas da violência. A sociedade as considera desonestas. Por exemplo, neste século XXI, nenhum branco foi condenado nos Estados Unidos por estuprar mulheres negras", afirmou. Tetchena nasceu no Canadá, mas seus pais são oriundos do Haiti.
O Colóquio África e Diáspora é realizado pela União de Negros Pela Igualdade (Unegro), em parceria com os governos federal e estadual, com a Universidade Federal da Bahia (Ufba) e com outras instituições. À tarde, serão discutidos Os Desafios da Luta Contra a Pobreza e a Discriminação, na Reitoria da Ufba. No domingo, 9, ocorrerá um ato de encerramento na Praça 2 de Julho, no Campo Grande, simbolizando a batalha das mulheres negras contra o racismo.
Aguirre Peixoto, do A Tarde
http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1004023
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