Uma aula de história da “Relação entre a mídia e a política no Brasil” foi apresentada na segunda-feira (25) pelo jornalista e professor Emiliano José para alunos do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Milton Santos (IHAC) da UFBA, no auditório do instituto.
Após a exibição do documentário “Globo, além do Cidadão Kane”, que conta a trajetória de consolidação da maior emissora de televisão do Brasil, marcada pelo apoio direto à ditadura militar e por fazer campanhas armadas para ex-presidentes como Collor e FHC, Emiliano iniciou a fala dizendo que a Globo constituiu uma rede para dar suporte à ditadura e hoje não pode contar sua história, pois fez parte de todo o Golpe.
“A Globo se coloca contra qualquer projeto político reformista. Faz campanha para José Serra de forma suja a antiética. Inventam inúmeras mentiras para atacar a adversária Dilma Rousseff. Isso porque não podem apresentar o projeto de Serra que, evidentemente, é o mesmo projeto de FHC, do neoliberalismo”, afirmou.
Emiliano acentuou que não é só a Rede Globo que cumpre esse papel. “Há um grupo de três ou quatro famílias que controlam a mídia brasileira. É uma trajetória de golpismo, ao lado das classes dominantes, das quais a mídia faz parte. A revista Veja segue a mesma linha, da natureza golpista. Dá a notícia sempre contra Dilma e a favor de Serra, não se importando se as informações são falsas ou verdadeiras. E a Globo repercute tudo”.
O palestrante finalizou afirmando que a mídia brasileira é uma das mais partidarizadas do mundo, mas que, hoje, não determina mais o resultado eleitoral. “O povo está mais consciente e a nossa mídia alternativa funciona muito bem na internet com as redes sociais, sites, blogs. Os internautas são os novos militantes. A mídia não vai parar um minuto, pois está desesperada, tem perdido uma batalha atrás da outra. Vai fazer de tudo para derrotar Dilma”.
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