sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Delegado Eduardo Rafael de Santana foi assassinado em Salvador.


A polícia ainda não tem pistas dos assaltantes que mataram o delegado Eduardo Rafael de Santana Lima, 35 anos, na noite de quarta-feira (7), no bairro do Barbalho, em Salvador. A polícia confirmou que a arma do delegado foi levada pelos bandidos, mas uma outra arma foi deixada no local do crime e encaminhada para perícia.
A possibilidade de crime de vingança foi descartada pelos investigadores do caso. A polícia acredita que Eduardo Rafael tenha sido vítima de um latrocínio, roubo seguido de morte. Até as 20h30 desta quinta-feira (8), de acordo com a assessoria da Polícia civil, nenhum suspeito do crime foi preso.

Crime
O delegado foi atingido por quatro tiros, três na região do tórax e abdômen e um na perna, na altura da coxa, quando chegava em casa. Ele morreu na manhã desta quinta-feira (8) no Hospital Geral do Estado (HGE), para onde foi socorrido. O crime ocorreu por volta das 23h de quarta-feira(7). Ele deixa mulher e dois filhos, de relacionamentos distintos.
Carro (Foto: Reprodução/TV Bahia)Carro do delegado foi achado na Boca do Rio
(Foto: Reprodução/TV Bahia)
Os criminosos fugiram levando o carro e a arma do delegado. O veículo roubado foi encontrado nesta quinta no bairro da Boca do Rio e já foi periciado. O banco do carona estava parcialmente queimado.
Segundo a Polícia Civil, Eduardo Rafael trabalhou até 18h de quarta na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV), onde atuava como plantonista, e saiu de lá para a academia de ginástica que frequentava.
Eduardo Rafael será sepultado na sexta-feira (9), às 10h, do cemitério Jardim da Saudade.
Por meio de nota, o delegado-geral da Polícia Civil, Hélio Jorge, disse que Eduardo era um "profissional exemplar". Em entrevista ao G1, Jorge contou que o delegado Eduardo Rafael foi vítima de um latrocínio e que reagiu à abordagem. A polícia trata o caso como isolado. "A gente tem um caso de latrocínio, onde o delegado foi morto para o seu veículo ser subtraído. A arma que ele portava nós também estamos buscando. Ele teve reação, que é natural de um policial, ou institivamente pela sua própria formação, e a situação desencadeou um processo de violência onde ele foi alvejado por quatro disparos de arma de fogo. Esse fato é isolado", afirmou o delegado-geral da Polícia Civil.
O delegado-geral Hélio Jorge determinou que, além das equipes da DRFRV, investigadores e delegados do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) também se integram às buscas aos criminosos. Assistentes sociais da Polícia Civil estão acompanhando parentes mais próximos da vítima para prestar apoio, informou a Polícia Civil.
Testemunha
Uma vizinha do delegado Eduardo Rafael de Santana Lima contou que presenciou a açãodos dois criminosos que abordaram a vítima na noite de quarta-feira (7), na frente da casa dele. "Ele abriu o portão, parou o carro e eu aí voltei. Quando eu vi, foi os tiros. Segundo a moça que tava na casa em frente, disse que ele colocou a mão para cima. Ele suspendeu as mãos e ele tava com arma, então o bandido levou a arma dele. E ele entrou em luta corporal com um. Quando eu cheguei na janela, eu já vi um bandido dentro do veículo, já na parte do motorista e o outro tava na garagem ainda. Quando a gente começou a gritar, ele saiu com uma camisa quadriculada no rosto, entrou no carona e foi. Foram deflagrados cinco tiros", relata a mulher, que prefere não ser identificada.
De acordo com a Polícia Civil, Eduardo abria o portão da garagem quando foi atingido pelos disparos. Ele chegou a tomar o revólver das mãos de um dos dois homens que o abordaram e cinco munições foram deflagradas enquanto estavam atracados. Os homens levaram o carro do delegado, que foi localizado na manhã desta quinta, no bairro da Boca do Rio.
O delegado estava há oito anos na Polícia Civil e já passou por unidades policiais da capital e do interior do estado. Desde julho trabalhava na DRFRV.
Buscas
Além das equipes da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos, investigadores e delegados do Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP) participam das buscas pelos assaltantes.







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