Dedicação ao próximo. Esse é lema da Fundação Maria Lúcia Jaqueira de Mattos.

Dedicação ao próximo. Esse é lema da Fundação Maria Lúcia Jaqueira de Mattos, que entre 9 a 20 deste mês realiza o IV Mutirão de Saúde Emocional. As especialidades que oferecerão atendimento são psicologia, fonoaudiologia, gerontologia, psiquiatria, psicanálise e psicopedagogia. O valor da consulta é R$15 e os atendimentos acontecem por hora marcada. “Nosso maior prêmio é o reconhecimento da comunidade”, salienta a presidente da instituição Vera Mattos. A fundação, que realiza os trabalhos há cinco anos, totalizando quatro mil atendimentos por ano a pessoas carentes e da classe média, acredita que contabilizará 1 mil atendimentos no IV Mutirão. “Muitas pessoas que nos procuram são da classe média. Os planos de saúde não cobrem algumas especialidades e estamos fornecendo um atendimento de qualidade por um bom preço. Há pacientes que não podem sair de suas residências então nossos voluntários vão aonde eles se encontram como nos asilos, abrigos e escolas”, frisa Vera Mattos. A diretora da instituição afirma que a entidade é sem fins lucrativos e sobrevive com doações. “Não temos apoio do governo. Aqui trabalham 25 voluntários entre médicos e auxiliares. Temos despesas altas que vão desde o aluguel, contas de luz, água, até o material utilizado nas consultas. Os gastos podem atingir a casa dos R$ 8 mil”, observa.
Vera Mattos salienta que a cobrança dos R$ 15 nas consultas do mutirão serão destinados as obras da própria instituição como o programa de apoio as crianças hiperativas, aos adolescentes infratores, aos familiares portadores de Alzheimer e aos portadores de distúrbios satélites como pânico e obsessivo compulsivos. “As consultas serão agendadas através do telefone: 9965-8558. Também estamos aceitando doações de tênis e calças jeans usadas para oferecermos aos jovens que atendemos. Quem puder fazer doações à Fundação Maria Lúcia Jaqueira de Mattos, basta se dirigir à Caixa Econômica Federal, agência 1517 conta 00580370-3 OP 03”, observa e acrescenta. “Temos 400 pacientes carentes que precisam de ajuda”, comenta. Em 2006 a Fundação Maria Lúcia Jaqueira de Mattos estará lançando o prêmio José Marques de Melo de Comunicação Científica para a melhor reportagem da área de saúde.
“Sabemos a importância da imprensa na divulgação dos trabalhos relacionados a saúde”, observa Vera Mattos. Ela comenta que além de crianças hiperativas e autistas, cujos pais não dispõem de recursos para o tratamento, também são atendidos portadores de paralisia cerebral e obesidade mórbida, entre outras doenças. Ela destaca a importância do curso realizado com adolescentes sobre prevenção de DST e AIDS em parceria com a Universidade de Torino, Itália, com Dr. Andre Gnemi, em julho. Ela cita ainda o programa de apoio aos portadores de Alzheimer.
“Tenho pessoas que me procuram são vítimas de Alzheimer e familiares que não têm como comprar os remédios. Eles são muito caros”, frisa e acres centa: “A saúde deve ser socializada. A habitação, alimentação, salários mais justos e melhor distribuição de riquezas. Só desta forma a população terá uma melhor qualidade de vida”, pontua.


Publicado pela
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