sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Polícia revela como desvendou crime da médica Rita de Cássia Martinez.

A polícia ainda não tem prazo para realizar a reconstituição do crime da pediatra Rita de Cássia Martinez, 39 anos, assassinada no último dia 6, numa estrada de barro nas proximidades de Santo Amaro da Purificação. O acusado é Gilvan Cleucio Assis, 38 anos, condenado a 22 anos de prisão por assalto e estupro. O Departamento de Polícia Técnica não sinaliza com previsão sobre conclusão dos laudos.

O delegado-chefe da Polícia Civil, Joselito Bispo, solicitou prioridade na elaboração desta documentação, mas não sabe quais os exames periciais foram realizados. Apenas o veículo modelo Zafira Elegance de placa JSH-2055 que levava a médica e a filha de um ano e oito meses, já foi liberado pela perícia e aguarda na garagem da Delegacia de Homicídio (DH) determinações superiores para liberação à família vitimada. O diretor geral do DPT, Raul Barreto, procurado durante todo o dia de ontem, não se pronunciou nem apresentou representante para fazê-lo. Já na DH, a delegada Andréa Barbosa, durante toda a tarde esteve ausente inviabilizando qualquer informação.

A uma alma boa, cujo nome é preservado, o delegado-chefe Joselito Bispo atribui à aceleração das investigações para se chegar ao culpado. A médica foi a única das cinco vítimas do maníaco a ir a óbito e Bispo não descarta que Gilvan Assis tenha feito outras tantas que não tiveram coragem de denunciar. Numa entrevista exclusiva à Tribuna da Bahia, ele mostra passo a passo das investigações e da descoberta da autoria. “Não pudemos passar informações à imprensa durante esse tempo para que não saísse prejudicada a investigação”, justificou Bispo.

Tribuna da Bahia - Qual a primeira iniciativa da polícia quando o carro da médica foi localizado na estrada?

Joselito Bispo - Ao obtermos a notícia que a médica estava desaparecida e não obtínhamos contato, de imediato, toda a polícia foi acionada. Logo após, obtivemos conhecimento que um veículo teria sido localizado com uma criança dentro, próximo ao posto rodoviário. E Polícia Rodoviária Federal já havia conduzido o veículo com a criança, para o posto. A partir daí, veio a preocupação da polícia, em saber “cadê a mãe” e o que fazer. Enquanto estava na base de busca pela área onde o carro foi localizado, tivemos a informação que um corpo havia sido encontrado por volta das 15 horas numa estrada de barro.

TB - Quais os principais elementos da perícia?

JB - O Departamento de Polícia Técnica é responsável pelas realizações das perícias. Tanto o carro, local do crime, quanto o corpo da médica foram periciados. E estamos aguardando o envio de todos os laudos dos exames que ainda não foram remetidos para a polícia. Pedimos agilidade no caso, mas os exames ainda estão sendo analisados e não temos prazo estabelecido pelo departamento.

TB - Como a polícia investigou o suspeito? Qual a peça chave para identificá-lo?

JB - Isso é uma história muito bonita a nível de investigação, porém muito triste a nível do fato. Pois foi um crime que chocou a polícia, bem como toda a população e até mesmo o Brasil e exterior se comoveram. Por uma determinação do governo, o Secretário de Segurança Pública, César Nunes comunicou que fossem usados todos os recursos para chegar ao autor do crime. A partir daí, acionamos todos os departamentos da polícia, formando um grupo de 50 policiais, todos integrados no caso. Então, partimos buscando cenas de crimes relacionadas: o shopping Iguatemi, São Sebastião e onde o carro foi encontrado. Em seguida, as equipes partiram para o shopping para levantar pistas, através das compras nas lojas e entrevistar com pessoas. Tivemos acesso às fitas do circuito interno do shopping. Também tivemos a felicidade de encontrar ‘um cidadão de boa alma’ que nos revelou um fato importante que ocorreu em 2002, cujo ato, caracterizava a mesma modalidade em que a vítima foi estuprada em Candeias. Analisamos a proximidade das regiões onde os crimes foram praticados e levantamos o possível autor do assassinato. Daí, identificamos como sendo Gilvan e que cumpria pena na Lafayete Coutinho. Entramos em contato com a direção do presídio e soubemos que ele saiu um dia antes do crime, por indulto de Dia dos Pais. A partir daí, pegamos uma foto dele e analisamos todas as imagens do shopping até identificá-lo, entrando e passeando, até a hora em que ele empurra a médica para dentro do carro quando ela acomodava a criança na cadeirinha de bebê. Em seguida, partimos para todos os endereços dos familiares dele, com 12 equipes de policiais, e acabamos encontrando a jaqueta usada no dia do crime na casa da namorada. Já na terça-feira, quando ele foi se apresentar no presídio, disse que a polícia estava à procura dele e ele queria saber o que estava acontecendo.

TB - O acusado, ao abordar a vítima, estava armado?

JB - Ele disse que não precisava e ainda perguntou: ‘Doutor, você acha que uma mulher com uma criança no momento fragilizado daquele, eu precisaria usar arma?’ Ele anunciou que apenas era um sequestro empurrou a médica para dentro e tomou a direção. A frieza dele foi tamanha que ao matar a mãe, a criança começou a chorar ele a pegou e levou para ver os bois.

TB - Quais os desafios da polícia nesse caso?

JB - O desafio maior foi buscar e identificar todas as provas e chegar até o autor sem qualquer dúvida da materialidade do crime.

TB - Fora o assalto, quais eram as demais hipóteses para o crime?

JB - A princípio achamos que seria sequestro relâmpago e vendo que nenhum dinheiro foi sacado e nem contato feito, excluímos a possibilidade de sequestro. Continuamos fazendo buscas por pistas que pudessem chegar ao autor.

TB - Qual a ficha criminal de Gilvan de Assis?

JB - Todas as práticas foram com mulheres e seguidas de assalto e estupros. Os fatos revelam que as vítimas foram pegas em estacionamento de supermercado e shoppings. Apenas a médica Rita, por reagir e não permitir a consumação do ato, ele a matou. Acreditamos que várias foram violentadas, mas apenas quatro tiveram coragem de denunciá-lo.

TB - Como evitar esse tipo de circunstâncias, qual a orientação que a polícia dá às mulheres, para que evitem estar expostas a esse tido de risco?

JB - Não só para as mulheres, mas para todos nós. Devemos observar o local onde estamos e ao entrar no veículo, olhar em volta e se tiver alguém suspeito encarar e se perceber que a pessoa baixou o olhar procurando não encarar, busque um local com mais pessoas e chame a polícia.


Mariacelia Vieira e Silvana Blesa/Tribuna da Bahia

Um comentário:

  1. Eu jamas poderia imagina q. ele foce capaz de matar alguêm tão friamente assim. pois ele se dizia querer voltar a fazer parte da sociedade e dizia q. iria fazer o possivel p/ zelar pelos beneficios q. tinha recebido da justiça.E Q. ESTAVA ALI POR TER COMETIDO CRIMES MAIS Q. NÂO DEVIA A VIDA DE NINGUEM A DEUS. por isso foi uma das maiores decepsÃO QUE TIVE QUANDO SOUBE DO Q. ELE TINHA FEITO. SINTO POR TODOS, PELA FAMILIA DA MEDICA E PELA FAMILIA DELE POIS SEI O QUANTO ELES SOFREM ATÈ HOJE EU ENTÂO VIVO NOS REMEDIOS. QUANDO ELE ESTAVA NO PRESIDIO ELE ERA EXTREMAMENTE CARINHOSO, ATENCIOSO, CUIDADOSO GEMTIL E TRATAVA AS PESSOAS MUITISSIMO BÉM, DIVIDIA SUAS COIZAS C/ OUTRAS PESSOAS EM NEM UM MOMENTO DEU PRA PERCEBER O MONSTRO EM Q. ELE SE TRANSFORMOU, OS FONCIONARIO DA BIBLIOTECA TODOS GOSTAVÂO MUITO DELE E QUANDO ELE FOI PRO LAFAETHY O PESSOAL DA EMFERMARIA TAMBÈM GOSTAVÂO MUITO DELE,ele se mostrava ter um comportamento exemplar e ajudava `todos q. o procurace.
    TODOS APOSTAVA EM UMA RECUPERAÇÂO, MAIS INFELISMENTE ACABOU ASSIM. SEI Q. NEM UMA MÂE QUANDO ESTA EM SEU MOMENTO DE GESTAÇÂO PENSA Q. ESTA GERANDO UM MONSTRO, MAIS AO ELES NASCEREM TUDO PODE ACONTECER. DESABAFO DA PESSOA Q.O AMAVA MUITO EUUUUUUU. Á ELE SEMPRE FALAVA DE 03 ATROPELAMENTO Q. ELE SOFREU QUANDO + JOVEM SENDO UM DELES Ò DEIXANDO 09 MESES EM COMA NO MATAGão gesteira e sempre si aqueichaava de fortes dores de cabeça no lado esqurdo temdo atè febri as veses, eu falava c/ ele p/ procurar um medico quando ele saice e ele mim dizia q. doia muito ao ponto de nem conseguir dormir, + mesmo ele sentindo a dor do que è um atropelamento, mesmo assim ele nâo se compadeceu daquela inocente, isso mim deixa muito triste.

    ResponderExcluir

Você é livre para oferecer a sua opinião.