Troca de tiros entre traficantes atrasa sepultamentos no Campo Santo
O enterro do traficante conhecido como "Riquelme" gerou certo tumulto no cemitério e proximidades.
Redação CORREIO
A troca de tiros entre integrantes do grupo do traficante Roberto da Silva Macêdo, de 29 anos, conhecido como “Riquelme”, e rivais causou confusão no Cemitério Campo Santo na tarde desta terça-feira (25).
Durante o enterro do traficante Riquelme, alguns bandidos seguiram para o Calabar, onde já existe uma rivalidade com o bando local. Segundo informações da 7ª Delegacia de Polícia (Rio Vermelho), o tiroteio não foi de grandes proporções e ninguém ficou ferido. A suspeita é de que a briga dos grupos seja motivada pelo controle do tráfico na região.
As polícias civil e militar foram até o local, mas ninguém chegou a ser preso.
Por conta dos tiros, outros sepultamentos que aconteciam no cemitério foram paralisados para a segurança dos familiares e amigos presentes nos enterros. Só depois de encerrada a condução as cerimônias puderam ser retomadas.
Disputa por cargo
Riquelme foi morto durante confronto com policiais da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos (DRFRV) na madrugada de segunda (24), na região do Boqueirão, na Santa Cruz. A polícia informou que o traficante, que também era conhecido como Roberto, era aliado de Luis Fernando Anunciação, o Camisinha.
Os agentes da especializada buscavam Camisinha, que, na semana passada, roubou um Meriva na Região do Nordeste de Amaralina. Os policiais chegaram à comunidade por volta das 3h de segunda e avistaram o veículo, parado em frente a uma casa. Com a aproximação da polícia, começou a troca de tiros. Camisinha conseguiu entrar no carro e fugiu.
Logo em seguida, outra casa virou algo dos agentes. No tiroteio, Riquelme foi atingido e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu e morreu por volta das 7h. Na casa onde ele foi alvejado, os policiais encontraram cocaína, maconha, crack, revólveres e cédulas de dinheiro falso.
A polícia acredita que haverá disputa interna pelo "cargo" de Riquelme, que liderava o tráfico na Santa Cruz. Dono de um fuzil Ar-15, ele era considerado por investigadores um dos mais sanguinários traficantes de drogas da região do Nordeste de Amaralina.
*Com informações dos repórteres Bruno Menezes e Bruno Wendel.
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